A “uberização” do campo

O setor agrícola vive um momento de grandes transformações decorrentes do avanço da tecnologia, especialmente sobre o que envolve uma agricultura digital. É assim que estão surgindo dois novos modelos de negócios.

A tecnologia tem influenciado basicamente todos os aspectos da agricultura: planejamento e gestão do plantio, preparo do solo, controle de pragas e doenças, colheita e gestão do solo. Tudo isso se deve a ferramentas como o Big Data, a internet das coisas e aos novos programas de gestão.

Especialistas desse mercado já citam dois novos modelos de negócios. O primeiro tem o produtor como agente principal que controla todos esses processos, e o segundo, é o que chamam de “’urberização’ do campo, com o produtor assumindo o papel de ‘uma plataforma de produção’ e terceirizando todo o resto”, como cita a reportagem do Valor.

Existem também outros fatores relevantes, por exemplo, a criação de novas técnicas para manipulação do DNA que permitem melhorar a genética das plantas. Um dos resultados desse experimento é impedir que plantas adoeçam e se tornem tolerantes a herbicidas. Há também o que chamam de espectroscopia; através de imagens capturadas por drones ou satélite, os espectrômetros identificam ocorrências de pragas que o produtor ainda não conseguiu perceber, assim é possível fazer intervenções mais rápidas.

Percebo que com as novas tecnologias as ações na agricultura serão muito mais assertivas, os produtores têm a chance de colher dados relevantes que podem mudar toda a sua estrutura de produção. Sendo ainda mais otimista, será uma revolução em um trabalho que não muda há décadas. Assim como acontece em outras áreas, enquanto parte do trabalho será feito pela tecnologia, outras funções serão requeridas, por exemplo, a habilidade de entender e controlar os novos sistemas.

*Assunto baseado na reportagem do jornal Valor Econômico