Praticamente o Brasil inteiro se assustou nesse ano com a conta de energia elétrica. Além do aumento da fatura, os nossos reservatórios também sofrem com a falta de água. Como evitar o desperdício? Como reduzir o impacto da crise hídrica? A resposta está na tecnologia.
Algumas indústrias e comércios já se beneficiam da inovação que é capaz de evitar esses problemas, e – se Deus quiser – em breve também estará disponível para as residências. A tecnologia é chamada de ‘smart grid’ ou ‘redes inteligentes’.
Através de medidores eletrônicos inteligentes é possível controlar o consumo de energia tendo conhecimento, por exemplo, de quanto está sendo gasto ou de quais eletrodomésticos estão consumindo mais. Tudo isso disponibilizado por meio de aplicativos ou na internet.
“Hoje, uma pessoa precisa ligar para avisar que está sem fornecimento de energia. Com os sistemas inteligentes, isso não será mais preciso”, diz Sidney Simonaggio, vice-presidente de Operações da AES Eletropaulo.
Outra questão muito relevante é que a utilização desses sistemas já começa dentro das usinas. Atualmente, a operação de grandes hidrelétricas já é controlada remotamente, como no caso da AES Tietê que utiliza robôs subaquáticos para detectar e evitar problemas nas turbinas. Futuramente, as soluções digitais também poderão identificar falhas e recalcular uma rota alternativa para que a energia chegue ao destino. Bombassaro, da CPFL, explica. “Uma interrupção, que demoraria uma hora para ser resolvida, pode ser sanada em 3 minutos”.
Estamos em tempos difíceis, não só pela crise econômica do Brasil, mas devido também à escassez de água no mundo todo. Desenvolver tecnologias que evitam o desperdício é crucial nesse momento. Trocar os antigos medidores demandará tempo, empenho e altos recursos financeiros; então a torcida agora é para que esses sistemas realmente sejam implantados em nosso país.
*Assunto extraído do Jornal Folha de S. Paulo
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