Fabricantes lutam para manter papel do pen drive

Comentário da matéria “Fabricantes lutam para manter papel do pen drive”

Jornal Valor Econômico

As fabricantes de pen drives, como a Kingston e a Sandisk, criam estratégias para não deixar que seus dispositivos percam ainda mais relevância no mercado, nem mesmo que o contrabando ilegal e que outros serviços continuem a contribuir para que esses aparelhos fiquem em desuso.

Com um recuo das vendas de 37% em comparação ao ano passado, os pen drives já não são mais objeto de desejo das pessoas. Além das fabricantes enfrentarem o problema de contrabando, devido ao alto fluxo de produtos ilegais que chegam ao país pela fronteira do Paraguai; elas também precisaram criar estratégias para que os populares serviços de armazenamento de dados na nuvem, como Dropbox e Evernote, que oferecem um tentador serviço de armazenamento de fotos, documentos, vídeos e músicas, não substituíssem os pen drives.

Uma das soluções encontradas pelas fabricantes foi popularizar os seus dispositivos, ou seja, além de diminuir o preço, não limitar a venda dos pen drives apenas em lojas especializadas. Fazendo que eles sejam vendidos em padarias, lojas de conveniência dos postos de gasolina e que até nos supermercados, fossem transferidos para pontos próximos aos caixas.

As opiniões a respeito do futuro dos pen drives se dividem. “Não temos pesquisas específicas com consumidor, mas tudo indica que o usuário vem preferindo guardar seus arquivos na nuvem ou até no celular, quando se trata de músicas e fotos, do que em um pen drive, mais fácil de perder”, diz a diretora da empresa de pesquisa GFK, Gisela Pougy. Por outro lado, a vice-presidente de vendas e mercado da Kingston para a América Latina, Carolina Maldonado, explica, “quando se trata de informações financeiras, imposto de renda e apresentações de trabalho, o usuário costuma preferir o pen drive, porque há dúvidas quanto à segurança na nuvem”.

Opiniões a parte, é certo que os pen drives que já foram dispositivos indispensáveis no dia a dia das pessoas, foram parcialmente deixados de lado. Mas, como o setor tecnológico não perdoa nenhum produto e nem mesmo empresas, surgiram novos serviços – como o armazenamento na nuvem – e consequentemente novos concorrentes. É então que surge um fator muito importante: mesmo que o seu produto seja hoje relevante no mercado, é preciso sempre inovar e acompanhar as mudanças dos consumidores.