Programa de apoio à pesquisa investirá R$1,5 bi em 4 anos

Comentário da matéria “Programa de apoio à pesquisa investirá R$1,5 bi em 4 anos”

Jornal Valor Econômico

 

Nesta segunda-feira (20), temos uma grande novidade. Hoje, o governo federal fez o anúncio oficial do programa “TI Maior” – que destinará 486 milhões de reais para o setor de software até 2015. Esta é a primeira política específica para a indústria nacional de software e serviços de Tecnologia da Informação (TI).

Entre as propostas elaboradas pelo programa estão o aporte de capital em startups, a criação de uma certificação para que pequenas e médias empresas possam participar de licitações e a instalação de quatro centros de inovação no país, em parceria com multinacionais. O documento diz ainda que o programa prevê capacitar 50.000 profissionais, com as metas de dobrar o faturamento do setor para 200 bilhões de dólares e criar 900.000 empregos em dez anos.

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, em sua página on-line, a intenção do governo é dar preferência ao software de origem nacional e estimular a criação de uma cadeia de fornecimento em torno das 15 áreas mais dinâmicas da economia. O investimento em startups se limitará a 200.000 reais por empresa e a meta é investir em 150 delas até 2015.

Desde 2011, percebemos um ativismo do governo federal em relação a formação de uma cultura inovadora no país, seja ela nascente nas universidades ou dentro das empresas. Tudo se iniciou com o lançamento do Programa Ciência sem Fronteira, que deve conceder até 2014, bolsas de estudos até três anos no exterior para 101 mil estudantes de graduação, mestrado e doutorado.

Recentemente, o Ministério também anunciou o Programa Ciência Inovadora, que estimulará os pesquisadores e professores com doutorado completo a desenvolver projetos em parcerias com empresas privadas em diversas regiões do país.

Na visão do governo, o programa Ciência Inovadora deve funcionar como um complemento ao Ciência sem Fronteira. “Quando o estudante enviado ao exterior voltar ao Brasil, o novo programa do governo, focado em mestres e doutores, poderá funcionar como uma extensão da experiência internacional”, diz Glaucius Oliva, presidente do CNPQ.

O engajamento do governo quanto à materialização de uma cultura inovadora também deve ser mencionado numa importante medida provisória que fortalecerá a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Em entrevista ao Jornal Valor Econômico, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, declara que “a Embrapii é a perna que falta na estrutura de inovação no país, uma vez que vai fazer a ponte entre centros de pesquisas e institutos tecnológicos e as empresas”.

Fico entusiasmado ao ver tantos projetos que visam definitivamente implantar em nosso país um novo conceito de produtividade, em que não bastam matérias-primas. É perceptível como a inovação traz valor a nossa produção e faz com que ultrapassemos o título de distribuidor de commodities.

Temos um grande desafio pela frente, mas o estabelecimento de estratégias faz deste momento um grande início. Iniciativa privada, governantes e universidades devem estar unidos neste propósito de transformação e de uma nova perspectiva de desenvolvimento, em que existe a valorização do conhecimento e sua difusão para toda a cadeia produtiva.

 

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