Ler sem pressa

Comentário da matéria “Ler sem pressa”

Revista Isto É, 28/10/2011

Você já ouviu de falar de algo “slow”?

O termo slow advém da língua inglesa e significa “devagar”. Na atualidade, tudo que é slow está na contramão das ações rápidas e estressante, que se tornaram tão comuns no cotidiano das pessoas.

O mais conhecido dos movimentos é o Slow Food (hábito de comer devagar), que se contrapõe ao fast food (comida rápida), tão difundindo nos anos 90. Os adeptos da prática do slow food, acreditam que é preciso degustar sua comida vagorasamente, apreciando e identificando seus sabores, além de conhecer a origem de sua comida. Isto tudo se transforma em um estilo de vida.

Mais recentemente, surge o slow reading – movimento que incentiva a leitura vagorosa, minuciosa, com o objetivo de elevar a reflexão. Como dito na reportagem da Revista Isto É, “na contramão do mundo de 140 caracteres do Twitter, surge o slow reading”.

 No livro “Slow Reading – os Benefícios e o Prazer da Leitura sem Pressa”, do canadense John Miedema, o autor demonstra  que o mundo de hoje pressiona por uma leitura rápida, baseada na síntese, por isso não estimula o aprendizado do leitor.

Na contemporaneidade, ler rápido é uma forma de tentar acompanhar tantos estímulos. Na internet, há uma infinidade de conteúdo, que precisam ser scaneados pelo interlocutor. Entretanto, é preciso ter cautela para não desaprendermos da leitura de textos corridos e de um bom livro.

Um livro, uma revista e artigos científicos são maneiras infalíveis de aprofundarmos em um assunto e treinarmos nosso cérebro a se manter ativo. Portanto, é preciso ter cautela e equilíbrio com as mídias que chegam até nós, dosando o fast com o slow.