Comentário da matéria “No Vale do Silício, gênios já não são tão jovens”
Jornal Valor Econômico
Os dados não mentem. Os empreendedores de tecnologia já foram pessoas mais jovens. Talvez, a ousadia em abrir um negócio inovador já faz parte dos planos de quem também tem mais experiência. A Y Combinator, um fundo sediado em Mountain View, na Califórnia (EUA), que investe em empresas iniciantes, afirma que a média de idade dos 112 fundadores de empresas da sua leva atual de empreendedores é de 28 anos, acima dos 26 anos de cerca de dois anos atrás.
Já a Founders Institute, uma incubadora que também é de Mountain View, informa que a média de idade dos 330 participantes que tem hoje é de 35 anos, mas quando a empresa abriu, em 2009, essa média era de 29 anos. Em outra incubadora, a TechStars, que opera em todo o território americano, a média de idade dos fundadores da safra concorrente fica em torno de 32 anos, ante cerca de 25 anos atrás.
Uma realidade norte-americana, mas que não se distância do contexto brasileiro. Temos muitos jovens que escolhem o empreendedorismo e as novas tecnologias como eixos de sua profissão, mas cada vez mais vemos crescer o envolvimento de líderes com mais idade e vivência de mercado, mas que nem por isso deixam de apostar em nichos inovadores. Neste sentido, é importante também citar as mulheres, que por muitas vezes, eram raras neste mercado e hoje já são presentes marcantes como donas de negócios ou profissionais de TI.
Mais informações aliadas a um maior acesso a plataformas de financiamento também fizeram e fazem com que as pessoas acreditem mais no seu potencial empreendedor, ousem em uma causa inovadora e tenham retorno com os seus negócios próprios. Através de uma política pública que una universidades, governos, empresas e sociedade, veremos crescer ainda mais o número de empreendedores no Brasil.
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