Quem não conhece o Twitter?
Difícil encontrar uma pessoa que nunca ouviu falar dessa ferramenta, uma das mais revolucionárias que já surgiram.
O Twitter é agente de uma nova era, em que a comunicação tornou-se multilateral. Nessa nova plataforma, o usuário torna-se um grande emissor de informações para um público que escolhe ouví-lo.
A estratégia de seguidos e seguidores seduz milhares de pessoas, muitas delas brasileiras, que optam por uma comunicação muito mais participativa.
Neste contexto, em que o Twitter é a moda entre jovens e adultos, os políticos viram a oportunidades de se aproximar da sociedade e conquistar seus eleitores.
Inspirados na experiência de sucesso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que fez uma campanha eleitoral intensa nas redes sociais, os políticos brasileiros, inclusive os goianos, marcam presença no Twitter.
Já são muitos os perfis e alguns deles com números significativos de seguidores. Inúmeros com bons fluxos de conteúdo e interatividade. Entretanto, também são muitos os administrados por assessores.
Os políticos querem a todo custo fazer parte das redes sociais e elencam terceiros para tomarem seus lugares na internet. Essa apropriação da imagem do político às escuras fragiliza os relacionamentos online e desarticula a credibilidade da pessoa pública.
Imaginem quantas promessas são feitas pelos assessores? Compromissos de campanha que certamente nunca serão realizados, pelos simples motivo de que quem os fez não assumirá nenhum cargo e por muitas vezes nem fará parte do funcionalismo público.
Nesta realidade cabe discutir a ética da massa política do país em seu compromisso com a verdade. Atitudes como esta, encontradas em alguns perfis do Twitter, podem ser consideradas por muitos premissas para que erros maiores aconteçam.
Para tanto, nós, cidadãos, devemos sempre exigir transparência dos políticos, o que inclui sua postura no Twitter. O trabalho dos assessores não deve ser abandonado, mas deve-se deixar claro que existe interferência de terceiros nos posts do Twitter. A sugestão é expor a Hashtags (o famoso jogo da velha #) acompanhado da palavra “Via Assessoria” ou da sigla “VA” (#va).
Desta forma, o político tem uma postura transparente e age com ética e comprometimento com os internautas e seus eleitores. Esta atitude possibilitará em pouco tempo o extermínio dos perfis falsos, genéricos, avatares e outros similares.
E por fim, o Twitter cumprirá seu propósito de ser uma imbatível experiência democrática, na qual todos tem os mesmos direitos, 140 caracteres para falar e responder de forma gratuita, rápida e acessível.
E não há edição nem corte, é tudo ao vivo. E não há mais gabinetes com seus chefes, secretárias e agendas intermináveis. É tudo olho no olho.
Reilly Rangel
Artigo publicado em 29/04/2010 no Jornal Diário da Manhã
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