A regra é ser simples

 

Fundada em 1892, hoje com negócios em 175 países e um faturamento de 148 milhões de dólares, a General Eletric declarou para si uma grande missão: operar como uma startup.

“O excesso de processos tornou a companhia burocrática e lenta”, como afirmou a funcionária Viveka que trabalha há 18 anos na empresa. Por isso a intenção de começar um novo jeito de se trabalhar.

O processo que foi batizado de simplification (simplificação, em português) começou nos Estados Unidos em 2012 e no Brasil dois anos depois. Os funcionários passaram a reduzir o número de reuniões, extinguir tarefas burocráticas e acelerar a entrega de novos produtos. Inspiração que veio do Vale do Silício.

Para isso, as reuniões em Power Point foram extintas, as aprovações passam agora no máximo por três pessoas – antes alguns projetos envolviam até 12 assinaturas. O princípio é decidir no menor tempo possível, mesmo que isso gere no começo mais erros, e abrir mão da perfeição. No Brasil, por exemplo, 95% das decisões já são tomadas por aqui sem precisar da aprovação da matriz.

Veja o que a empresa está fazendo:

a regra é ser simples - imagem

Os executivos declaram que ainda há muitas coisas para se fazer, mas desde já os resultados positivos são notados. Os custos administrativos caíram, o ciclo de lançamento de novos produtos ficou 45% mais ágil e a satisfação dos clientes aumentou 75%.

Para ter mais noção, uma pesquisa feita com as 200 maiores companhias do mundo indicou que as mais complexas perderam, em média, 10% ou 1,2 bilhão de dólares da margem operacional por ano.

Já em outros artigos eu venho citando esse modelo característico das startups que está servindo de espelho para diferentes tipos de companhias. As novas tecnologias trouxeram mudanças significativas para todo o mundo, isso também envolve especialmente todo o contexto de gestão. As startups não inspiram apenas ao levar mentes jovens para dentro das empresas, mas também pelo seu modo de trabalhar, como possuir decisões descentralizadas e processos cada vez menos burocráticos. As empresas precisam inovar – produtos, serviços, atendimento, gestão – para acompanhar as novas tendências, por isso é importante ficar de olho em ações que podem atrasar os seus negócios.

A General Eletric não está nem um pouco sozinha neste sentido. Um estudo da consultoria Deloitte mostrou que 71% de 3300 executivos de grandes empresas em 106 países consideram a simplificação do trabalho como prioridade.

Se uma gigante como a General Eletric – são mais de 300 mil funcionários – está conseguindo realizar essa transformação cultural em sua estrutura, com planejamento e trabalho em equipe, a sua também pode conseguir.

 

 

 

*Artigo baseado na reportagem da revista Exame

Web Cams Sex
Compartilhe no Google Plus

Faça um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

MENU