O assunto é polêmico. Empreendedores de TI, assim como eu, têm uma pulga atrás da orelha: de onde vêm tantos projetos de softwares gratuitos disponíveis na internet? Como ficará meu negócio? Ainda há futuro para quem empreendeu em softwares?
Todos estes questionamentos passam pela nossa cabeça. Porém, não temos muito tempo para ficarmos presos às perguntas. O mundo mudou e muito. Nosso jeito de produzir softwares e vendê-los deve mudar rapidamente também.
O Jornal Valor Econômico confirma. “Os ERPs agora já existem como ‘softwares as a service’, estão disponíveis “em nuvem”, e até mesmo em versões gratuitas”. “Quando não há patrocínio, eles geralmente têm módulos extras cujo acesso é cobrado”.
Esta já é nossa realidade e não adianta debater-se contra ela. Inclusive, os softwares gratuitos têm o importante papel de convergir digitalmente milhares de pequenos empreendedores, o que resulta em mais profissionalismo na gestão da empresa e por consequência garante melhores resultados.
Temos que “pular a etapa” da reclamação e trabalharmos muito para nos diferenciarmos. Procurarmos incessantemente pela inovação de nossos produtos, a superação dos serviços de vendas e à antecipação do que é tendência do mercado.
Uma revolução acontece nos contextos empresariais e na economia do mundo todo, que abala velhas estruturas e dá espaço para o novo. Onde você quer chegar?
Fonte: Jornal Valor Econômico
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Caro Reilly:
A proliferação do software gratuito e de preços irrisórios tem frequentado as manchetes da imprensa em geral e se propagado pela Internet, tem empolgado gestores de pequenas e médias empresas com a possibilidade de redução de custos e tem perturbado gravemente o sono de nós pequenos empresários de TI. Principalmente porque nós sabemos que desenvolver software de qualidade custa cada vez mais caro. Então fica a pergunta: como isso é possível?
Particularmente, eu acho que essa estratégia é a pura e simples tática de ocupar mercados pela força econômica. Ou seja, paga-se um valor bem razoável para ocupar e dominar um mercado com a oferta de software grátis ou de preço simbólico. Conquista-se o mercado e inviabiliza os competidores. Num segundo momento, depois do mercado dominado e com uma larga base de clientes, recupera-se todo o investimento com uma grade margem de lucro e uma clientela cativa.
Essa tática deverá ser repetida e aplicada em várias frentes e se prolongará em cada uma conforme o fôlego e o apetite dos investidores. É claro que nessa batalha, além das pequenas empresas de TI que serão varridas do mapa, alguns grandes investidores também serão arruinados porque haverão investidores maiores com com táticas mais matadoras.
Por outro lado, às pequenas e médias empresas de TI restará o fim ou alguma brecha em algum nicho bem específico. Ou seja, talvez a salvação para nós seja a especialização em nichos.
Seria essa a saída? Quais são as outras alternativas?
Um “hairdresser” tinha seu salão estabelecido por muitos anos em um bairro. Cobrava vinte reais pelo corte e não tinha problemas em manter uma clientela estável.
Um belo dia outro “hairdresser” abriu um salão em frente ao dele porém cobrando apenas cinco reais pelo corte. Colocou lá na frente de seu salão uma grande placa anunciando “Corte por cinco reais”.
Eventualmente nosso primeiro “hairdresser”percebeu que sua clientela cativa começou a diminuir, seduzida é claro pelo preço muito mais acessível oferecido por seu novo concorrente.
Pôs-se então a calcular seus custos, para que pudesse rever seu preço e assim se tornar mais competitivo para enfrentar seu novo concorrente.
Após muito tempo e exercício, lhe ficou claro que era impossível vender um corte de cabelo a cinco reais. Seu concorrente iria inexoravelmente falir em algum momento. Porém não antes de levá-lo no mesmo caminho.
O que fazer diante de uma situação destas?
Mandou fazer uma grande placa que colocou em frente a seu salão com os seguintes dizeres: “Conserto cortes de 5 reais por 20 reais”.