Diversos setores têm sofrido modificações em razão da tecnologia, como educação, telecomunicação, sistemas financeiros, medicina, transporte, entre outros. Contudo, existe um que ao menos no Brasil há décadas permanece intacto, sem nenhuma significativa mudança: dos supermercados.
Ir até a loja, pegar o carrinho de compras, andar por todo o supermercado adquirindo os produtos que deseja, procurar o caixa mais vazio (e mesmo assim enfrentar a fila). Então, tira os produtos do carrinho, põe na esteira do caixa, coloca os produtos na sacolinha e coloca no carrinho novamente, depois enfia tudo dentro do carro e vai pra casa…
Quando chegamos em casa ainda tem mais um ‘trabalhinho’ pela frente. Por mais que seja uma prática tão comum em nossa vida, eu ainda não acho nada interessante ir ao supermercado. E se você conhece alguém que gosta de ir a essas compras ele é certamente um caso atípico.
Mas se depender de uma galera aí, essa rotina está com os dias contados. Empresas que conectam o consumidor a indústria e a supermercados estão ganhando espaço no Brasil. Nos Estados Unidos essas compras online já representam 14% do varejo, em nosso país o índice é de 4%, mas com expectativas de crescimento.
Quem faz sucesso lá fora são companhias como Instacart, Amazon Fresh e a Good Eggs, de comprar online de produtos orgânicos, que recentemente captou US$15 milhões.
No Brasil o Home Refill é um exemplo, ele permite a realização das compras do mês fazendo a intermediação direta entre clientes e indústria, tirando totalmente os supermercados da transação. O consumidor pode adquirir até dois mil itens, exceto os perecíveis, com um preço 15% menor – são entregas gratuitas que vão diretamente da indústria para a casa das pessoas, sem intervenção dos supermercados. O Home Refill recebeu aporte de R$10 milhões, o plano é fechar este ano com 30 mil clientes apenas em São Paulo e faturar R$11 milhões. O Supermercado Now é outra startup do ramo que atua no país, e que está prestes de captar US$2 milhões em investimento.
Não vai demorar muito para os supermercados começarem a sentir a pressão – e as consequências em seus negócios – desse novo setor. Enquanto as startups vão tentando provar ao consumidor que seu modelo é seguro e eficaz, os supermercados vão ter que dar um jeito para oferecer algo diferente, seja em produtos, serviços ou experiências. E é isso mesmo que nós queremos!
*Assunto baseado na reportagem da revista Isto É Dinheiro
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