Uma das coisas que causa mais dor de cabeça em empresas de diferentes indústrias é a pirataria. Desta vez o alvo da fúria de renomadas grifes de luxo é o maior e-commerce do mundo, o chinês Alibaba.
O último dado referente à pirataria é de 2013, neste ano a falsificação de produtos movimentou US$ 461 bilhões, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Com a popularização ainda maior da internet esse número com certeza aumentou significamente. Além disso, o último ano marcou o principal período em que grandes grifes finalmente se renderam as vendas on-line.
O site asiático Alibaba que pertence a Jack Ma é a empresa que anda sofrendo mais ataques por facilitar a prática da falsificação. Empresas como Gucci e Michael Kors entraram com processo na Justiça americana; elas também se revoltaram e deixaram o grupo da Coalizão Internacional Antipirataria (IACC) depois que a chinesa decidiu de associar a entidade.
Esta foi uma das tentativas de Jack Ma de mostrar que não é a favor da pirataria, mas que é difícil controlar os produtos vendidos em seu site já que ele funciona no modelo de marketplace, ou seja, apenas oferece sua infraestrutura de e-commerce a terceiros e não participa diretamente das vendas.
Se você já esteve pelas páginas do Alibaba sabe bem que as marcas tem fundamento para acusarem a companhia. Digamos que uma porcentagem altíssima de produtos que circulam no site chinês são cópias. Não quero ser despretensioso, mas a fortuna dessa empresa que já é avaliada em US$ 196 bilhões se deve especialmente desses tipos de produtos. Controlar cerca de 10 milhões de vendedores que atuam no site não é nada fácil, mas Jack Ma parece estar dando um jeitinho de manter o controle da situação. Vamos ver até quando dura a paciência dos poderosos nomes do luxo.
*Assunto baseado na reportagem da revista Isto É Dinheiro
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