Os caça-moedas

Estima-se que mais da metade das moedas do Brasil estejam perdidas. Esse é um dos fatores que está causando um desconforto no mercado: a falta de troco. Conheça uma startup que encontrou nesse problema um meio para lucrar alto.

Depois de perceber a dificuldade em conseguir troco em diversas varejistas brasileiras, o paulistano Victor Levy estudou sobre o tema e criou em 2013 a CataMoeda.

A startup funciona assim: a pessoa procura uma máquina da empresa e deposita suas moedas. A máquina contabiliza o valor e oferece as opções de trocar as moedas por cédulas, receber um vale-compras ou doar quantia a uma instituição beneficente. As lojas pagam o valor de 700 pelo aluguel da máquina, e assim podem retirar as moedas e usar nos caixas.

Com pouco mais de dois anos de funcionamento, a CataMoeda já recebeu 17 milhões de reais em seus equipamentos. São ao todo 160 máquinas instaladas em 87 varejistas. Por mês é instalada uma média de 60 novas máquinas. A empresa espera faturar neste ano 26 milhões de reais.

Com tantos novos modelos de negócio que surgem com a tecnologia, a impressão que muita gente tem é que não há muitas inovações para serem ainda criadas. Engana-se. Justamente com as mudanças do mercado e das preferências das pessoas que há sempre uma necessidade de oferecer experiências diferentes ao consumidor. A falta de troco realmente é um problema para as varejistas, a reportagem cita, por exemplo, a rede de supermercados Condor de Curitiba que perdia todo mês até 28 mil reais por ter de arredondar valores na falta de moedas. Deu pra ter uma ideia de como isso é sim um problema para as lojas? Por outro lado, ninguém também gosta de receber balinhas como troco – isso já está fora de moda há muito tempo. Aliás, por questões de comodidade e até de segurança é difícil hoje em dia ver alguém que dispensa o uso dos cartões e dos novos meios eletrônicos de pagamento e prefere andar só com dinheiro. Concorda?

*Artigo baseado na reportagem da revista Exame