Celular toma o lugar das lamparinas

 

Em países mais pobres, como Quênia, Tanzânia e Gana, pouquíssimas pessoas conseguem pagar pela rede elétrica. Para mudar esse cenário, uma novata vem ganhando espaço ao oferecer um serviço de financiamento de longo prazo usando os avanços da tecnologia.

O recurso que principalmente as zonas rurais usavam para ter energia em casa, eram velas e querosene (que prejudica bastante à saúde). Mas a M-KOPA, fundada em 2012, conseguiu criar uma alternativa limpa, renovável e de baixo custo.

“As famílias pagam US$ 35 e recebem um sistema de produção doméstica de energia solar formado por um painel solar no telhado, duas lâmpadas, uma lanterna, um rádio e um dispositivo para carregar celulares. Elas pagam US$ 0,43 por dia transferindo dinheiro pelo telefone celular, usando um sistema de pagamento móvel. Depois de pagar durante um ano, os clientes recebem o direito de ficar com o sistema solar e ter acesso a energia gratuita”, explica a reportagem.

Fundada em 2012, a M-KOPA tornou-se a principal empresa de energia solar do Quênia. Hoje, já são mais de 225 mil clientes no Quênia, Tanzânia e Uganda. Ela também está começando a implantar seu sistema em outros territórios, como a Índia e Gana. A meta é atingir quatro milhões de pessoas até 2018. A M-KOPA possui 650 funcionários, milhares de representantes de vendas e um faturamento anual de US$ 40 milhões.

A empresa é um exemplo de que é possível mudar o mundo, ajudar principalmente a vida de populações que vivem em situações de pobreza, usar a tecnologia como ferramenta propulsora de novos modelos, e também gerar satisfatórios ganhos financeiros.

 

 

*Assunto extraído do Jornal Valor Econômico

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