Mídias sociais reduzem a capacidade de aprender, diz sociólogo americano

 

O sociólogo, professor e escritor Richard Sennett, 72, afirma que vivemos atualmente o mesmo problema que há 40 anos, mas agora no espaço eletrônico: a transformação da presença física das pessoas, hoje, sobretudo pela web. Questões que envolvem intimidade, individualismo e exposição.

“Não tínhamos nada parecido nos anos 70 e fico impressionado como ainda nos atingem questões sobre a noção do uso de espaço público para autoexposição e interação real. Como analista social, é deprimente para mim que esses problemas persistam, agora no espaço eletrônico”.

Richard diz que o problema do ciberespaço é que há cada vez menos chance para a surpresa. “Quando você caminha na rua, coisas que não espera podem acontecer. Quando está no Facebook, isso é feito tão sob medida que fica difícil a ideia de aprender alguma coisa que não soubesse, afinal, tudo é customizado, feito para seu perfil. Isso é um tipo de redução de quão inteligente o público a minha volta pode ser”.

O sociólogo também defende que o mau uso da tecnologia pode transformar as “cidades inteligentes” em um instrumento poderoso de dominação, tirando cada vez mais a liberdade das pessoas. “Os governos autoritários, por exemplo, amam essas cidades, porque sua capacidade de vigilância é incrível”.

Assim como Richard, acredito que as mídias sociais causam uma autoexposição das pessoas o que muitas vezes vai além do bom senso, e que também se torna perigosa uma vez que no mundo virtual há muitos indivíduos cheios de más intenções. A respeito da liberdade, não há como negar que neste meio isso foi “roubado” de nós, quase que sem perceber temos toda a nossa vida exposta na web. Por outro lado, essas tecnologias também abriram muitas possibilidades de crescimento e desenvolveram a nossa sociedade, as “cidades inteligentes” são um exemplo de como é possível melhorar diversas questões, como o trânsito e a resolução de crimes.

 

 

*Assunto extraído do Jornal Folha de S. Paulo

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