Não tem como negar que na área dos smartphones a gente quase não escuta o nome da Microsoft. A empresa se esforçou, gastou um número significativo de dinheiro, mas mesmo assim não teve resultados positivos nesse mercado. Por que será?
Nessa semana a empresa anunciou uma baixa contábil de US$ 7,6 bilhões referente à compra da Nokia e a demissão de 7,8 mil funcionários, a maioria da área de celulares.
A matéria do Jornal Valor Econômico descreve os três motivos que ajudam a entender o que deu errado:
- Caráter técnico: grandes fabricantes de smartphones reclamam que na tentativa da Microsoft de preservar o desempenho dos softwares, os critérios para adotar o Windows Phone sempre foram muito rígidos e controlados de perto pela empresa. Com a pouca flexibilidades, não havia muito espaço para criar aparelhos para se distinguir da concorrência.
- Caráter comercial: A Microsoft não marcou muito pontos ao concentrar-se nos celulares da Nokia que já vinham perdendo mercado antes da aquisição. Outro fator é que em muitos pontos de venda, os aparelhos recebiam pouca exposição e os atendentes não manifestavam muito conhecimento sobre os produtos ou interesse em vendê-los.
- Aplicativos: o Windows possui 400 mil apps em sua loja virtual – o Google Play tem 1,3 milhão e a Apple Store 1,2 milhão. Aí surge aquele dilema: sem usuários, não ganha aplicativos; sem aplicativos, não atrai usuários.
Obviamente a Microsoft tinha grandes intenções com a aquisição da Nokia, mas eu confesso que sempre duvidei dessa estratégia. Afinal, podemos considerar que a Nokia já há algum tempo perdeu muito valor no mercado de celulares, e desembolsar US$ 7,3 bilhões para comprar a empresa seria muito arriscado. Enfim, os planos não deram certos e a Microsoft sabe disso. Ao que tudo indica a companhia percebeu que agora precisa ser mais maleável com os seus produtos, e que nem sempre estar tão perto do inimigo é uma decisão ruim.
*Assunto extraído do Jornal Valor Econômico
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