Por que a economia compartilhada do Airbnb irrita hotéis e governos

Comentário da matéria “Por que a economia compartilhada do Airbnb irrita hotéis e governos”

Jornal Valor Econômico

Um negócio inovador é aquele que propõe soluções aplicáveis, que alcançam um resultado prático perante questões que sempre estiveram presentes. É um novo olhar perante turbulências antigas, portanto, é tão comum ouvirmos: “por que não fui eu que pensei nisto”.

Airbnd é este tipo de negócio. A plataforma se propõe a ser um serviço de internet que permite que um viajante alugue casas, apartamentos, quartos, barcos e até castelos. Com uma proposta definida, o Airbnd atinge uma demanda de viajantes que não querem gastar muito e ao mesmo tempo torna-se uma fonte de renda para pessoa física que disponibiliza seus imóveis.

Em seis anos, o Airbnb se tornou uma empresa avaliada em US$ 2,5 bilhões, com 500.000 imóveis disponíveis em mais de 190 países. A empresa fica hoje com 12% de cada transação: 3% do proprietário do imóvel e cerca de 9% de quem aluga. A empresa de capital fechado não revela seus resultados. Mas se calcula algo em torno de US$ 100 milhões por ano. A empresa tem 700 funcionários.

Enquanto isto, as empresas de hotelaria formais e governos interessados em coletar impostos se sentem ameaçados. A equipe da Airbnd se defende: “Quero viver em um mundo onde as pessoas podem se tornar empresários ou microempresários e se pudermos reduzir o atrito e inspirá-los a fazer isso, especialmente em uma economia como a de hoje, estaremos cumprindo a promessa da economia compartilhada”, diz Brian Chesky, de 32 anos, um dos fundadores do Airbnb.

Um caminho sem volta é a experiência da Airbnb. Exemplo este que impulsiona novos jovens empreendedores a arriscarem e proporem desafios a uma economia cada vez mais globalizada e “compartilhada”, conforme define Chesky. Qual é a sua grande idéia?