Novos modelos para vender softwares

Comentário da matéria: Novos modelos para vender softwares

Jornal Valor Econômico

Um dos principais desafios para quem planeja investir no e-commerce está na escolha de uma plataforma web. Além das funcionalidades que devem estar alinhadas a natureza do negócio e ao perfil do cliente, é importante estudar qual a melhor forma de pagamento por este software.

Hoje existem inúmeras opções. O Buscapé, por exemplo, oferece uma “plataforma e-commerce” – um pacote de softwares que inclui a base para o site, programas de segurança, pagamento e publicidade on-line – sem pagamento à vista ou taxa pela instalação de softwares. O site paga uma taxa de 4% sobre a receita mensal de vendas on-line pelo uso das ferramentas.

A ideia é que para atender mais clientes, é preciso adaptar-se a realidade deste novo nicho. “Para quem desenvolve a tecnologia, o investimento inicial é mais alto, mas a receita com a venda torna-se perene e mais previsível”, diz André Ghion, vice-presidente do BuscaPé.

A americana Oracle, gigante no segmento de softwares, também dá sinais de adaptação ao mercado e busca por uma carteira maior. A corporação vende seu pacote para e-commerce, baseado no sistema de cobrança com base na receita das lojas virtuais.

No Brasil, as empresas de softwares adotaram o modelo de cobrança por clique. Apesar de não excluir-se da tendência de cobrar pelo uso do software, esta metodologia falha, pois nem toda visita é convertida em venda.

Os desafios pós-modernos exigem adaptação das organizações, tanto aquelas que consomem ou vendem softwares. As empresas devem explorar mais os canais de relacionamento com os consumidores e estimular a interação com todos os seus públicos. Descobrir novas formas de se comunicar, o que inclui inovações tecnológicas e uso da internet, faz parte de um papel pró-ativo do setor produtivo em um novo cenário econômico e social.