Bem preparados. E agora?

Comentário da matéria “Bem preparados. E agora?”

Revista Veja

 

Ciência sem Fronteiras é o maior programa da história brasileira que busca promover a mobilidade internacional dos estudantes universitários e de pós-graduação. Muito mais que um grande incentivo aos intercâmbios, o governo investe em talentosos estudantes para que a partir da experiência nos melhores centros de inovação do mundo possam se dedicar a pesquisa aqui no Brasil.

A aposta é que a partir de 2015, o Brasil possa ser um dos celeiros mundiais no que se refere à capacidade de produzir conhecimento e inovação. O projeto estima que cerca de 100000 estudantes brasileiros, até 2015, serão contemplados com intercâmbios e participado diretamente do Ciência sem Fronteiras.

O projeto é extremamente positivo e inaugura uma nova mentalidade de se investir na universidade pública. O objetivo a médio e longo prazo de se materializar a cultura da pesquisa e inovação dentro da academia restaura o comprometimento da escola para com a geração de conhecimento e o impacto direto na sociedade.

Entretanto, há um ponto questionável, muito bem emergido pela Revista Veja, através da matéria “Bem preparados. E agora?”. O Brasil, até o momento, é reconhecido por processos públicos demorados, burocráticos e com falta de verba. Estes são pontos que devem ser melhorados urgentemente para que a ciência evolua.

“É fundamental dar incentivos concretos aos pesquisadores para que permaneçam no país” – está descrito na matéria ao resgatar as experiências de outras nações. Nos anos de 1986, 97% dos cientistas coreanos formados em universidades americanas se recusavam a retornar à Coréia, […] O governo então investiu para trazê-los de volta, oferecendo-lhes altos salários e posições de prestígio nos centros de pesquisa e tecnologia que começavam a ser criados. As grandes empresas também fizeram movimento semelhante. Funcionou. Em vinte anos, 70% dos que haviam debandado já faziam o motor da economia coreana girar.

Articular programas para que dentro das universidades públicas, os pesquisadores possam trabalhar e mostrar seus resultados, é essencial para o sucesso do “Ciência sem Fronteiras”. É preciso cercear todas as possibilidades se não-sucesso para que o investimento realmente mude o quadro brasileiro. Ciência e inovação mudam o quadro de um país, portanto, não podemos perder esta oportunidade.

 

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