Faça sua revolução na internet

Comentário da matéria “Faça sua revolução na internet

Revista Galileu, 05/02/2012

“façam a revolução
está no ar: nas ondas do rádio
no submundo repousa o repúdio
toquem o meu coração”

(Revoluções por Minuto – RPM)

 

Este é um trecho da música “Rádio Pirata”, que embalou a juventude nos anos 80, época em que as pessoas juntavam-se para ir às ruas protestar pela política, pela paz mundial, pelo fim da fome e demais misérias que acometiam aos seres humanos. Aqui no Brasil, tivemos os “cara-pintadas”, um grande movimento jovem prol impeachment do ex-presidente Fernando Collor.

Depois de mais de 20 anos, o jeito de se fazer revoluções mudou muito. Com a massificação da internet e mais posteriormente das redes sociais, os movimentos sociais se organizam e criam força-pública através da rede. De acordo com a Revista Galileu, “se antes, revolução significava uma multidão nas ruas em defesa de uma causa única, hoje esta imagem se fragmentou: são vários pequenos grupos que defendem várias pequenas causas”. Afinal, a internet fortaleceu nosso desejo de colaboração, por isso estamos mais dispostos a integrar movimentos coletivos.

A matéria nos mostra experiências relevantes no mundo todo, que nasceram na internet, mas criaram significância global, principalmente quando o movimento ganhou inúmeros adeptos, motivados a irem às ruas, materializando o discurso que estava na web. Destaca-se a ação do “Occupy Wall Street”, manifestação contra o poder excessivo dos bancos e das grandes corporações que se iniciou com um pequeno grupo tomando uma praça no coração financeiro de Nova York e se espalhou por cerca de 1500 cidades mundo afora.

Também temos a “Massa Crítica”, movimento surgido na Califórnia e já espalhado por cerca de 300 cidades do mundo que defende a bicicleta como meio de transporte. Temos representantes na cidade de São Paulo, que se reúnem toda última sexta-feira do mês para a “bicicletada”. O objetivo é estimular uma prática saudável, desafogar o trânsito da cidade e reunir quem tem hábitos e ideais afins.

Outros movimentos se espalham pelo mundo, cada um com sua particularidade e sem receita pronta. Por exemplo, temos o caso de Vinícius Zanotti, que depois de passar por Fendell, na Libéria, decidiu auxiliar as crianças extremamente carentes daquele lugar com a construção de escolas. Para isto, ele fez um documentário mostrando a dura realidade das crianças por lá e o postou em um site criado para a campanha (escoladebambu.com). No endereço, você pode fazer doações ou comprar camisetas, canetas e DVD’s para ajudar a chegar à verba das obras.

As experiências nos mostram que hoje é muito mais fácil o engajamento em uma causa que você acredita. É na internet que as pessoas se reúnem, trocam idéias e fortalecem laços para os movimentos sociais. É no ambiente on-line, que o cidadão se sente pertencido a um ideal, que gere identificação à sua personalidade. Vejo tudo isto como muita positividade, as pessoas estão mais dispostas a viverem a política, em sua premissa de cidadania e respeito à coletividade, com ética e colaboração a todos os atores públicos.

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