Comentário da matéria “O grande experimento chileno com tecnologia”
Revista Exame, 16/02/2011
Entre as nações sul-americanas, o Chile tem se destacado quando o assunto é tecnologia. O programa “Start-Up Chile” tem chamado a atenção de todo o mundo e aberto debates pela forma surpreendente de gestão do presidente Sebastián Pinera.
Com o objetivo de elevar a competitividade do país e estimular a cultura da inovação, o Chile apostou no incentivo ao empreendedorismo e ao setor tecnológico. Agora no país oferece-se espaço para escritórios, mentoring, networking com investidores, visto de um ano e 40000 dólares para quem quiser investir em projeto de tecnologia a ser desenvolvido localmente.
A grande novidade tem despertado a vontade de vários profissionais de todo canto do mundo a abrirem seus negócios no Chile. Como bem dito pela Revista Exame, na reportagem “O grande experimento chileno com tecnologia”, a iniciativa do governo federal é arriscada, mas já tem colhido resultados. 25 startups já estão no Chile, iniciaram a implantação de seu negócio e estão motivados para crescerem no país. Segundo o programa, 100 novas empresas de tecnologia vão aportar no Chile até o fim do ano e até 2014, serão 1000.
Os “Silicon boys”, como vem sendo chamados os empreendedores das startups, justificam sua escolham pelo Chile. “O nível de acesso a contatos que obtemos pelo programa é algo que eu não teria nem no meu próprio país. Tanto apoio faz você se sentir mais ambicioso”, diz o irlandês James Kennedy, fundador da Piehole, empresa de dublagem e gravações de voz, agora instalada no Chile.
A Revista Exame resume, “é mais fácil e cômodo trabalhar numa empresa jovem de tecnologia quando há apoio e empenho de algum governo”. Existem contrapartidas do empresário, como participar de palestras e workshop para comunidade local, bem como contratar funcionários da região. Em suma, o programa, até o momento, tem cumprido seu objetivo em implantar uma cultura de empreendimentos de tecnologia e um ecossistema de inovação.
O Chile está consciente que a força motriz está no setor produtivo. São as empresas que geram a riqueza adicional de um país, oportunizando emprego e renda aos seus cidadãos. Em caso mais específico, o segmento tecnológico tem se mostrado a opção mais acertada. Empresas de TI são inovadoras por não se basearem na produção de commodities, oferecerem soluções a outras cadeias produtivas, gerarem empregos de alto gabarito, estimularem a pesquisa e a ciência, além de serem consideradas indústrias limpas, pelo seu baixo impacto no meio ambiente.
O Brasil precisa inspirar-se no exemplo chileno e modernizar suas políticas publicas, desburocratizando o processo de abertura de uma empresa e estimulando a vida útil de um negócio. Se a opção for investir em tecnologia, melhor ainda. Em Goiás, o governo escolheu os Parques Tecnológicos com um dos projetos de destaque, um centro que engloba empresas de TI, universidades e governo à favor de resultados inovadores, modernos e sistêmicos.
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