O velho mundo é exemplo quando o assunto é tecnologia

A sinergia existente entre o trabalho feito em conjunto é visível em várias experiências da sociedade. Movimentos estudantis, entidades de classe, partidos, religiões e demais instituições são exemplos de como o coletivo maximiza as forças dos indivíduos, o que por sua vez gera oportunidades, dá visibilidade e faz com que o grupo alcance seus objetivos.

Neste reconhecimento ao poder do coletivo, o TagusPark – parque tecnológico da região de Lisboa, em Portugal (EU) é a materialização de um trabalho em conjunto raro e excepcional, pois trata-se da união da força produtiva dos empresários de tecnologia, sediados no velho mundo.

Longe da síndrome da vitimização, os empreendedores reuniram-se em 1992 em um projeto ousado: construir em um espaço físico um centro de tecnologia inédito no mundo. Ali estariam as maiores e melhores empresas, mas também universidades e incubadoras. E para ser mais além, haveria restaurantes, academias e escolas para as crianças. Um mundo auto-sustentável, propício a inovação e a tecnologia.

Hoje, dezoito anos após, o projeto é um sonho realizado. TagusPark é um dos maiores Parques Tecnológicos existentes e tem em seu slogan a verdadeira descrição de sua realidade: “Onde há inovação, há futuro“.

TagusPark é localizado em Oeiras, cidade vizinha a Lisboa e tem uma área total de 200 hectares. Situado a 20 km do Aeroporto Internacional, o Parque está em uma região estratégica.

Atualmente, 160 empresas com cerca de 6500 colaboradores estão no TagusPark. O volume de negócios é de aproximadamente 950 milhões de Euros por ano. 50% dos empreendimentos nasceram no próprio Parque, em suas incubadoras e nos centros de competências.

As incubadoras são uma das ações intrínsecas no Parque que estimulam a inovação. Em conjunto, as empresas societárias do TagusPark decidiram optar por um modelo que impulsione o fluxo de conhecimento e de tecnologias entre universidades, empresas e mercados. Com a roda da inovação girando, as empresas ganham e continuam a fornecer outros serviços de valor agregado à sociedade, a curto, médio e longo prazo.

O Centro de Inovação e Negócios, áreas para pequenas e médias empresas, exigências quanto a responsabilidade ambiental são outras características exclusivas do TagusPark.

Outro item de destaque é a atuação conjunta do Parque com instituições de ensino. O objetivo é aproximar dos centros formadores de profissionais, para que futuramente o recurso humano atenda as reais necessidades de um Parque Tecnológico. Fisicamente há, desde 2001, três prédios do Instituto Superior Técnico instalados no TagusPark e outros em áreas vizinhas.

Neste sentido, é extremamente honroso perceber como o setor produtivo, estrategicamente organizado, se mobilizou para desenvolver tal projeto. Independente das reais teias de complexidade, os empresários de TI e de outros segmentos fizeram parcerias para somarem as forças e multiplicarem as chances de prosperarem. Juntos, deram as mãos ao desenvolvimento, o que trouxe valorização financeira aos negócios, benefícios a sociedade e estímulo ao potencial criativo e executor de seus jovens.

Hoje, o TagusPark não é propriedade exclusiva da área de tecnologia. O Parque é motivo de orgulho da sociedade luso, pois representa a implantação de suas vocações a favor do desenvolvimento e reconhecimento do país.

Em Goiás ainda não temos nenhum Parque Tecnológico, mas com a natural vocação produtiva do Estado e a união dos grandes agentes mobilizadores chegaremos em breve ao nosso TagusPark. Está dada a primeira carta.

Reilly Rangel

Artigo publicado em 11/11/2010 no Jornal Diário da Manhã

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