Caindo na rede social

Comentário da matéria “Caindo na rede social”

Revista Veja

 

Você sabe o que o seu filho compartilha nas redes sociais? Alguma vez você não resistiu e bisbilhotou os passos virtuais do seu filho? É correto impor muito limites para o acesso à internet?

Essas são algumas das centenas de dúvidas dos pais, que estão diante de uma geração que passa a maior parte do seu tempo conectado à internet. Oito em cada dez adolescentes brasileiros estão nas redes sociais, segundo a pesquisa realizada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br).

É inquestionável que a internet permite um maior acesso às informações e insere nossos filhos numa era em que o conhecimento é o bem mais valioso. Nossas crianças estarão capacitadas para as exigências de um mercado futuro. Mas tantos benefícios não nos distanciam da preocupação com os riscos da rede mundial de computadores.

Neste contexto, cabe a pergunta: até que ponto podemos zelar pela segurança de nossos filhos quando o assunto é a internet? A Revista Veja fez uma matéria extensa sobre o assunto e aqui, reescrevo, algumas dicas e opiniões de quem entende do assunto.

Para os especialistas é essencial que em primeiro lugar sempre haja um diálogo natural entre pais e filhos, essa amizade no “mundo real” pode e deve depois disso se estender para o meio digital, criando assim um novo canal de diálogo. “Eles (pais) não precisam ser usuários assíduos das redes sociais, mas têm a obrigação de conhecê-las para entender as regras e avaliar os perigos dessa ferramenta”, diz a filósofa Tania Zagury, mestre em educação.

Não há problema nenhum se você precisar criticar um comentário ou um tuíte preconceituoso ou mal-educado que o seu filho fez, mas o importante é que você jamais faça isso em público – a conversa deve ser particular. Sim, nós pais também temos que aprender a nos comportar na rede.

Impor limites e regras são atitudes que também devemos ter. Se o adolescente apresenta baixo rendimento escolar, deixa de cumprir seus deveres, perde o interesse por atividades que antes despertavam prazer ou se irrita quando não está conectado. Cortar e restringir o acesso à internet pode ser uma boa lição, em alguns casos, procurar o pedagogo da escola ou um psicólogo para avaliar se uma terapia é necessária, também é válido. “Punir é uma forma de educar, mas a punição deve ser previamente estabelecida de forma clara”, fala a filósofa Tania Zagury. Ou seja, se você impôs regras ao seu filho e ele não cumpriu, você deve aplicar o castigo, caso contrário a sua autoridade pode ficar comprometida.

É também importante alertar os filhos para não falarem seus dados pessoais, não conversarem com pessoas que eles não conhecem – falando sobre a presença nas redes de perfis falsos, pedófilos e grupos com conteúdo inadequado.

A tecnologia também é uma valiosa ferramenta que pode ajudar os pais contra as armadilhas da internet. Empresas como McAfee, Norton e Microsoft desenvolveram softwares que controlam, por exemplo, a navegação dos filhos pela web, bloqueiam conteúdos inadequados e o envio de dados pessoais, e agem também como antivírus. Mas é preciso lembrar, que esses tipos de programa sejam instalados com o consentimento dos jovens. “Isso evita que o adolescente fique tentando burlar o sistema de segurança, sem saber o motivo pelo qual não consegue acessar um site bloqueado ou enviar uma informação privada. Ciente do programa, ele poderá pedir autorização aos pais se precisar fazer algo que o software impede”, diz José Matias, diretor de suporte técnica da McAfee, para a América Latina.

Ficar de olho nessa geração é preciso, afinal, nós como pais, não queremos que os nossos filhos corram algum risco e comprometam a sua segurança. Com muita conversa, amizade, limites, e é claro, com a ajuda da tecnologia, tudo isso é possível. E sempre se lembre: a internet é um ambiente atrativo tanto para você quanto para seu filho, vamos extrapolar outras atividades com foco em momentos divertidos e em família.

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