Por transparência, grupo quer usar tecnologia do bitcoin em eleições de SP

 

Na última vez que citei aqui no blog sobre o blockchain comentei sua capacidade de revolucionar a forma como realizamos diferentes tipos de transações, uma delas envolvia as votações. Contudo, isso chegou mais cedo do que eu pensava.

A tecnologia que é vista por muitos como o principal sistema do futuro para fazer negócios está sendo utilizada principalmente pela indústria financeira. Mas aqui no Brasil, as eleições se tornaram alvo de empreendedores.

Em São Paulo, um grupo pretende mostrar em tempo real aos eleitores quem está contribuindo e a quantidade financiada para as campanhas eleitorais de cada candidato. Tudo isso baseado no blockchain.

“O maior benefício é que há transparência em tempo real, não só pós-eleições, quando o dado é consolidado pela Justiça”, afirmou Thiago Rondon, da AppCivico. Outro aplicativo brasileiro é o Voto Legal, em que quando uma pessoa faz doação para um candidato usando cartão de crédito, seus dados como nome, CPF e valor, ficam disponíveis na rede.

Para você entender melhor: o blockchain é a tecnologia que se baseia o bitcoin, nela os próprios computadores que realizam as transações – diferentes entidades controlam as transações, portanto é ausente de um único órgão regulador, como é o caso dos bancos -. Os registros não podem ser apagados, a tecnologia armazena tudo que já foi feita nela desde o seu início, de 2009 até hoje. Cada transação é validada pelos computadores da rede que inclui uma longa série de números, formando uma cadeia criptografada inviolável.

“Se um país inteiro decidisse usar o blockchain, seria praticamente impossível ter corrupção, porque você não move um centavo sem que isso seja visível e de acordo com as leis programas no sistema”, disse o brasileiro Alexandre Van de Sande, que trabalha na Ethereum.

Imaginar o blockchain dominando todo o nosso sistema é mais complexo do que os especialistas desse assunto fazem parecer. Concorda? Vivemos um dos principais períodos da história em que os brasileiros estão demasiadamente desconfiados – e desacreditados – com a política. Uma grande revolução neste nicho revela duas poderosas frentes: as pessoas vão reprimir totalmente o uso de um novo sistema por acreditar que a corrupção pode se instalar ainda mais, ou acreditar que só mesmo uma nova maneira de mover esse ecossistema pode ser a solução.

Se o blockchain realmente fizer parte dos domínios eleitorais isso vai começar de forma gradativa. Qualquer grande mudança precisa provar bastante aos brasileiros de que é realmente segura. Eu sou a favor de novas abordagens, ficar estagnado está longe de ser uma boa alternativa.

 

 

 

*Assunto baseado na reportagem do jornal Folha de S. Paulo

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