O americano Joe Gebbia é um dos fundadores do Airbnb, site de aluguel de imóveis. Veja alguns trechos da entrevista desse jovem de 34 anos que é considerado um dos mais influentes do Vale do Silício e também um dos mais ricos dos Estados Unidos.
O Airbnb está espalhado por 190 países onde 80 milhões de pessoas alugam suas casas, apartamentos, castelos e até ilhas, ou são os visitantes desses locais compartilhados através do site.
A empresa se tornou um dos ícones da nova tanto citada aqui no blog. Além disso, também está sendo uma interessante saída para as pessoas que desejam ganhar um dinheiro extra alugando seus imóveis ou economizando na hora de viajar. Mas para Joe não é apenas isso. “Metade de nossos usuários escolhe hospedar-se em uma casa cujo dono esteja presente, modalidade em que a experiência de ter contato direto com as pessoas, sabores e culturas supera cada vez mais a contemplação”.
Quando ele, seu colega de quarto Brian Chesky e outro terceiro sócio decidiram em 2008 criar uma companhia em que as pessoas se propusessem a hospedar em sua casa gente desconhecida, eles foram chamados de loucos. Não é para menos, a princípio a ideia parece mesmo assustadora e não foi à toa que eles tiveram que se esforçar para quebrar essa desconfiança das pessoas.
Depois de algum tempo eles perceberam que “não bastava estar no ambiente de criatividade do Vale do Silício e ter uma boa sacada. Era necessário desenvolver técnicas de aproximação entre pessoas para consolidar a confiança”, para isso eles recorreram à ciência. Com a ajuda da Universidade Stanford foi realizado uma pesquisa para entender como funciona a credibilidade da internet. Então foi descoberto que é preciso um volume grande de posts (a partir de uma dezena) sobre a experiência em algum lugar para que as pessoas sintam um alto grau de confiabilidade, tornando assim a comunidade mais valiosa e qualificada.
Engana-se quem ainda pensa que a economia compartilhada é apenas uma tendência passageira ou quem sabe, um modismo. Principalmente entre as novas gerações, por exemplo, a importância da sustentabilidade e de um consumo mais consciente faz parte das suas decisões. Essa pegada também está ligada ao grande volume de pessoas que nos próximos anos vão viver nos centros urbanos, o que vai agravar problemas como a disputa por espaços físicos. Os novos modelos de negócios que envolvem o compartilhamento preenchem atualmente uma demanda que está insatisfeita com algum setor, e também se inserem como soluções para o futuro.
Joe usa como exemplo a cidade de Seul, na Coreia do Sul, em que a prefeitura criou até um departamento chamado The Sharing City Projec (O Projeto do Compartilhamento da Cidade, na tradução para o português) com o objetivo de encontrar soluções para que as pessoas dividam seus bens e serviços. Além disso, a prefeitura também criou uma incubadora para financiar as novas empresas com esse propósito.
*Assunto baseado na reportagem da revista Veja
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