A maior varejista virtual do mundo, a Amazon, está se mobilizando para inaugurar cerca de 400 livrarias físicas. Por que uma gigante online planeja investir tanto em estruturas físicas?
A Amazon conquistou milhares de clientes em todo o mundo ao oferecer preços baixos e comodidade na hora de comprar livros. Além de em poucos cliques as pessoas terem acesso a um grande acervo literário, a companhia inovou ao lançar o leitor de livros eletrônicos, o Kindle.
Principalmente o mercado americano sentiu bastante a ‘agressividade’ da empresa. Grandes e pequenas redes fecharam suas portas. Nos EUA, o número de livrarias caiu de quatro mil para cerca de dois mil.
Nos últimos tempos a Amazon deixou de dar atenção apenas ao cenário que a consagrou, a internet, e começou a investir no mundo real. O primeiro passo dessa foi ao lançar sua primeira livraria física em Seattle, EUA.
Mas não para por aí, os planos vão muito além. Uma pessoa próxima à companhia surpreendeu ao dizer que ela pretende abrir cerca de 400 livrarias. “As lojas físicas talvez sejam a melhor alternativa para que a Amazon mantenha o seu ritmo de crescimento”, disse o consultor Augusto Kater. “Ela está percebendo que ser uma varejista puramente online não é o bastante”, afirmou Kristine Martinek, da WSL Strategic.
A Amazon não é a primeira empresa do mundo que nasceu na web a investir no ambiente físico. Isso é uma estratégia tanto de companhias de grande e pequeno porte. A Dafiti, por exemplo, em 2015 abriu sua primeira loja em São Paulo. Quantos outros pequenos empreendedores que começaram seus negócios em sites, blogs ou mesmo redes sociais, hoje já possuem também lojas físicas?
Uma das vantagens do meio digital para o comércio é justamente a oportunidade para que as pessoas comecem seus negócios de forma mais barata e, sobretudo, podendo atingir grandes proporções. Depois de conquistar um público elas se sentem mais confiantes para abrir sua loja física. Vi isso acontecer diversas vezes com diferentes marcas. E é interessante perceber que essa estratégia não é apenas de pequenos varejistas, mesmo gigantes consagrados como a Amazon acredita que a mescla entre os canais online e físicos é importante para seus negócios.
*Artigo baseado na reportagem da revista Isto É Dinheiro
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