A geração touch

“A internet e a oportunidade que ela oferece deram-lhes a convicção de que a justiça é possível. Vivendo no mundo do faça você mesmo, do consumo consciente e da mudança contínua das regras sociais e tecnológicas, eles estão acostumados à mudança de padrões”, diz a consultora Anne Boysen.

A afirmação de Boysen simplifica bem a geração Z, ou como melhor a reportagem os chama, a “geração touch”. São jovens que talvez também possuam como característica principal o desejo de serem empreendedores.

Veja alguns dados de pesquisas nacionais e internacionais sobre essa geração:

• 52% usam o Youtube e redes sociais para estudar.
• Estima-se que 64% serão empreendedores.
• 86% não se preocupam em ter emprego na vida adulta.
• 77% tem medo de contrair dívidas.
• 66% estão apreensivos com as mudanças climáticas.
• 4% acham que grandes empresas são éticas.
• 41% não tem preferência por nenhum partido.

O impacto do uso constante da internet e de outras tecnologias trouxeram mudanças significativas na vida desses jovens. Do pouco que ainda sabemos, é possível afirmar que eles são insatisfeitos com a política, querem reconstruir a sociedade e o meio ambiente. Sobre o empreendedorismo, significa serem donos de seus próprios negócios, mas também autores de suas vidas.

Nós torcemos que essa visão consciente e responsável continue a permear nessas mentes. Também é essencial que eles aprendam a ter controle sobre a vida digital, e não deixem a imensidão de informações os distraírem de seus objetivos.

Como é de costume, nós sempre vamos ler pesquisas e relatos sobre as características das novas gerações. É interessante perceber como o ser humano quase sempre se entusiasma com as habilidades dos jovens e tem dentro de si a “esperança” de um mundo melhor. Com a geração Z não poderia ser diferente. Contudo, agora mais do que nunca talvez essa esperança enraizada esteja ainda mais forte, isso porque hoje temos a ascensão contínua de uma ferramenta poderosa capaz de gerar transformações não só na sociedade como na mentalidade das pessoas: a tecnologia!

*Assunto extraído da revista Veja