Depois dos atentados em Paris, os hackers do grupo Anonymous divulgaram sua posição contra o Estado Islâmico, e que vão ajudar nos esforços para combater esse terrorismo. Será que isso é bom para as investigações, assim como para o mundo?
As opiniões se dividem. “Isso deixará o Estado Islâmico em alerta. [O Anonymous é] o curinga que não era previsto nesse jogo”, afirma Mikko Hypponen, diretor da F-Secure. Por outro lado, há quem apoia. “Eles terão mais facilidade em se infiltrar onde o Estado Islâmico está”, diz Ricardo Tavares da Daryus.
O Anonymous até mesmo chegou a publicar um guia com os principais passos para que as pessoas sejam capazes de ajudar na iniciativa. O que foi chamado de #OpParis tem o objetivo de procurar pela internet informações dos terroristas, algo como mensagens, vídeos e fotos de apologia ao Estado Islâmico. Nessa semana, os hackers divulgaram uma lista com mais de 5,5 mil contas e sites relacionados ao assunto.
A internet tem seus malefícios, no caso dos atentados de Paris já se falou na possibilidade dos terroristas terem usado jogos na web para conversar entre si e atrair simpatizantes. Mas como quase tudo tem o ‘outro lado da moeda’, o meio on-line também oferece dados valiosos que demorariam muito mais para serem descobertos, como informações suspeitas em redes sociais, sites e aplicativos.
Tem gente que fala em uma possível guerra cibernética. Infelizmente eu não descarto essa opção. É difícil dizer ao certo se a entrada do grupo de hackers é positiva ou não, principalmente por não saber ainda qual será a reação dos terroristas (espero que ninguém veja nenhum resultado). Mas sem dúvida, todos os dados coletados pelo Anonymous são de suma importância para as investigações, e ter qualquer pessoa aliada podendo contribuir também é muito válido. Seja como for, o terrorismo é inadmissível, então o quanto antes os aliados dessas cruéis ações foram detidos, a humanidade agradece e se alivia.
*Assunto extraído do Jornal Valor Econômico
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