A inovação da colaboração

 

 

Estamos diante de uma maravilhosa e revolucionária tendência quando nos referimos ao consumo e ao compartilhamento. Responsabilidade, consciência, fiscalização, inovação, governo, cidadão, redução da desigualdade: essas são algumas atribuições de um novo modo colaborativo.

Com a crescente inovação e a inserção de novas tecnologias nos aspectos gerais da nossa vida, começaram a surgir iniciativas com o propósito de facilitar o nosso dia a dia, resolver problemas antigos e abrir novos caminhos ao conectar pessoas e dar possibilidades para que cada cidadão atue na gestão pública.

Nesse moderno mundo da colaboração, temos a chamada economia colaborativa que faz a ligação entre pessoas com interesses e necessidades em comum, seja com o intuito de economizar ou lucrar. Quer ganhar um dinheiro extra? Na economia colaborativa existem diversas maneiras para isso: você alugar um quarto de sua casa em uma temporada, cuidar do cachorro do vizinho ou até mesmo utilizar o seu carro para levar algum passageiro ao seu destino. Esse compartilhamento pode acontecer com roupas, livros, objetos, espaços de trabalho, moradias ou qualquer outra coisa que você deseja.

Os principais intermediários nessa relação são os sites e aplicativos, como exemplo, o Uber – que conecta passageiros e motoristas – e a AirBnb – aluguel de quartos, casas e apartamentos para as viagens. Há ainda outros tipos, como o site “Tem Açúcar?”– que troca objetos entre vizinhos -, e o PetHub – relacionado a hospedagem domiciliar para os animais de estimação.

Na esfera pública, são também os sites e aplicativos que exercem um papel fundamental para a interação entre cidadãos e governos. Por exemplo, o app brasileiro “Colab.re” é uma rede social que permite que o cidadão fiscalize a cidade: apontando problemas, como calçadas e ruas irregulares, equipamentos de saúde, trânsito, entre outras áreas; propondo ideias e projetos para soluções dos problemas; e avaliando os serviços, instituições e entidades ligadas ao poder público. Os habitantes podem interagir em tempo real com a administração da cidade, e a mesma se torna mais ágil à frente das demandas do cidadão.

Outro exemplo é a plataforma “Cidade Legal”, que através de uma rede de imagens com geolocalização comprova denúncias registradas pelas pessoas e envia aos órgãos competentes para que os problemas sejam solucionados. Já com o “Onde fui Roubado” – app que já é considerado a maior plataforma de segurança pública do mundo -, há o mapeamento de roubos, furtos e outros tipos de crimes nas cidades.

Não é por acaso que a chave dessas tecnologias é a colaboração. Para que todas essas inovações funcionem é preciso que cada pessoa exerça sua cidadania, isso significa denunciar os problemas, propor soluções e cobrar ações da esfera pública, contribuindo assim para o crescimento da nossa cidade, do nosso país.

É nessa perspectiva que as empresas podem – e devem – desenvolver negócios inovadores e atrativos.  Além de seguirem esses novos rumos do consumo e da colaboração, as companhias também estarão dando passos importantes para que futuramente não sejam engolidas por um cenário de crescentes mudanças de hábitos das pessoas. 

Dificilmente qualquer um está predestinado ao sucesso eterno. É por isso que hoje em dia é decisivo que as empresas saibam se reinventar e se adaptar ao novo cenário para assim prosperarem no futuro.

Faço ainda outra ressalva: devemos entender que qualquer tecnologia inovadora e propulsora de grandes mudanças sempre será alvo de protestos e indignações por certos grupos da sociedade. Isso foi assim ao longo do tempo e acredito que não brevemente irá mudar. O que não devemos jamais é aceitar que essas inovações sejam barradas e impedir que a tecnologia continue a avançar e prosperar em cada parte da nossa vida.

 

Reilly Rangel é empresário do setor de Tecnologia da Informação.

 

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2 comentários

  1. Excelente.

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