A Tecnologia da Informação como ferramenta essencial para o desenvolvimento da sociedade

Em 2010 tive a missão de liderar a Comunidade Tecnológica de Goiás (COMTEC).  Relembrando toda essa trajetória – no qual assumi um compromisso de transformar a capital goianiense numa referência no setor de TI, e consequentemente desenvolver o nosso Estado -, divido agora com vocês um pouco sobre esse período da minha vida.

A Comtec se formou no ano de 2005 com o objetivo de aproximar as empresas de tecnologia da informação (TI), para que assim elas pudessem juntas mobilizar o setor e promover o crescimento do Estado. Quando assumi o cargo de presidente em 2010, tinha – e tenho – total convicção de que a tecnologia era uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento social e econômico de uma região, devido principalmente a sua capacidade de gerar inovações que atingem e beneficiam todos os setores de uma sociedade.

Entre os benefícios que conseguimos nessa gestão foi à criação do Goiânia Digital. O projeto primeiramente chamado de Estação Digital promoveu isenção fiscal apenas para as empresas de TI que se instalassem no centro de Goiânia. Visto que isso era injusto, lutamos e trabalhamos para criar o Goiânia Digital, que conseguiu abranger todo o município de Goiânia com uma redução de 60% no Imposto Sobre Serviços (ISS) para as empresas de tecnologia.

Com mais recursos, as empresas e empresários tiveram a oportunidade de ampliar o seu negócio ao investirem, por exemplo, em construção, equipamentos, treinamentos, além da contratação de novos profissionais. Ou seja, a sociedade e sua economia como um todo também foram – e ainda são – beneficiadas com o projeto. O Goiânia Digital também atraiu novos empreendimentos tecnológicos em diferentes regiões da cidade. O projeto criou bases necessárias para transformar Goiânia numa referência nacional no setor de tecnologia da informação.

Outro assunto que sempre foi do meu interesse é sobre Parques Tecnológicos, e a frente da COMTEC eu tinha como meta trazer esse ambiente de inovação para Goiás. Segundo a Associação Internacional de Parques Científicos e Tecnológicos (Iasp), o parque é uma organização gerenciada por profissionais especializados, cujo objetivo fundamental é incrementar a riqueza de sua comunidade promovendo a cultura de inovação e competitividade das empresas e instituições geradoras de conhecimentos instaladas no parque ou associadas a ele.

Goiás estava atrasado nesse sentindo e trazer a ideia dos parques para nosso Estado soava profundamente positivo, uma vez que esses polos atraem novos negócios de alta tecnologia, promovem um desenvolvimento regional social e econômico, forma novos empreendedores e jovens melhores capacitados ao mercado, aproxima universidade, governo e empresas, e é um fator estratégico para a competição no mercado mundial.

Assim eu viajei para o exterior para conhecer outros parques tecnológicos, como os parques da Espanha e de Portugal, visitei também alguns que existem no Brasil e conheci o Vale do Silício, região famosa por ser considerada a mais inovadora do planeta. Estudei essas experiências, mensurei o que esses centros erraram e o que acertaram; fiz um trabalho de projeção para trazer isso a Goiás. Foi então que as pessoas despertaram sobre esse assunto, passaram a ter mais conhecimento e isso ficou em pauta em nosso meio. Quando isso acontece, passa a ser quase uma ‘obrigação’ que os governantes, tanto municipal quanto estadual, atendam essa demanda e incentivem o setor.

Para promover um parque tecnológico era necessário que primeiramente houvesse um estímulo inicial do poder público na atração de investidores. Foi então que depois desse assunto ter ficado tanto em debate, os parques tecnológicos foram inseridos na proposta de governo de 2010 do governo do Estado de Goiás, Marconi Perillo.

Assim a Secretaria de Ciência Tecnologia e Inovação (SECTEC) lançou o Programa Goiano de Parques Tecnológico (PGTec) como estratégia para desenvolver políticas de incentivo voltadas a inovação tecnológica e apoio e implantação dos parques. Nesse período eu deixei a COMTEC e assumi o cargo de Superintendente Executivo da SECTEC, no qual participei de forma ativa nos esforços para trazer principalmente a inovação tecnológica e qualificar a mão de obra em nosso Estado. Pensando em Goiás, eu costumava dizer, “faremos do nosso atraso um atalho”.

Hoje nós temos o Parque Tecnológico na Universidade Federal de Goiás (UFG) em Goiânia; o Parque Tecnológico de Aparecida que é da prefeitura; o Aparecida TEC; em Anápolis o governo está fazendo a parte de infraestrutura e os empresários a parte de edificação para a criação do Parque Tecnológico de Aparecida; além do Condomínio Empresarial Tecnológico de Catalão.

Afirmo que a tecnologia é uma ferramenta, aliás, uma solução que permeia todos os setores da sociedade – medicina, educação, transporte e etc -. Por isso ‘bato tanto na tecla’ de que o investimento nesse setor é promissor para todas as áreas; gera renda, empregos, melhora a qualidade de vida e produz resultados importantes na esfera econômica e social. Ainda há muito trabalho para ser realizado, Goiás e o Brasil possuem imensa capacidade de se expandirem e tornarem referências globais. Eu estou pronto e me coloco a disposição para fomentar novos planos e iniciativas.  

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