Era da internet ilimitada acabou, diz Anatel

 

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações, João Rezende, se posicionou em relação às mudanças que envolvem a limitação da banda larga fixa. Será que a Anatel e as operadoras estão agindo de maneira coerente?  

João Rezende declarou que os usuários foram educados mal ao poder usufruir de uma internet ilimitada. A explicação para as novas regras é consequência do crescimento dos serviços de transmissão de mídia, como Youtube, Netflix e jogos on-line, que tornou a infraestrutura insuficiente para manter a alta do volume de dados.

O modelo de franquias com a web fixa é o mesmo que acontece atualmente com os nossos celulares. O usuário contrata um volume de dados e a velocidade de conexão, quando os megabytes do pacote acabam a internet é totalmente suspensa ou diminui a sua velocidade.

Será mesmo que a rede não suporta a alta demanda dos dias atuais? A resposta é sim, mas os consumidores não deveriam ser prejudicados por isso. Quem explica melhor é Rafael Zanatta, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). “O problema de capacidade de banda é real: por que eu vou investir na infraestrutura se o Netflix vai lá e consome 90% da banda? Mas as empresas não podem usar essa guerra comercial para prejudicar o consumidor”.

O único pedido da Anatel foi para que as operadoras criem mecanismos para avisar as pessoas sobre o seu consumo de internet, e quando o plano for aprovado elas esclareçam as novas regras durante 90 dias.

Quem já tem um contrato sem limite de dados não vai passar automaticamente para o novo sistema de franquias, somente quando o plano for alterado. Mas infelizmente isso hora ou outra vai acontecer com cada um, é só uma questão de tempo.

Fique de olho em campanhas e petições on-line que vão contra esse tipo de medida. Sites como a Avaaz são uma interessante aliada.

É surpreendente ver que a Anatel que deveria ser um órgão que defende os direitos dos consumidores se posicionar a favor das empresas. A esperança quem sabe era que o Ministério das Comunicações se pronunciasse contra a medida, uma vez que ela é um afronto a economia e ao progresso da era digital. Contudo, isso não aconteceu. Primeiro foi à vez da web móvel, agora limitar a internet fixa é o fechamento de um ciclo aterrorizante para os consumidores. Até quando os usuários serão atropelados pelo interesse e monopólio de grandes empresas? Ressalvo ainda que isso começou com a atitude de uma operadora, a Vivo…

 

 

 

*Assunto baseado na reportagem do jornal Folha de S. Paulo

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