A tecnologia na saúde deixou de ser apenas sonho ou quem sabe um feito de países estrangeiros, e passou a fazer parte da medicina brasileira. Nós estamos de olho no que está acontecendo lá fora, mas também inovando em nosso próprio território.
Antes esse setor que só era liderado por médicos, agora possui gestores que seguem estratégias e modelos de negócios para que a inovação chegue a todas as áreas da medicina, e também que se estenda a outros setores e vice-versa.
Como afirma Fernando Torelly, CEO do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre. “Nós nos abrimos a projetos disruptivos em geral; passamos a premiar ideias inovadoras e nosso conselho administrativo tem a tarefa de analisar a viabilidade delas sem demora”.
Tecnologias antes usadas apenas para uma finalidade, hoje exercem várias funções. Por exemplo, os aparelhos de raio X além de servirem para o diagnóstico de problema, passaram a apoiar cirurgias em curso e rastrear a atividade de um tumor. O big data também vem sendo desenvolvido por aqui através do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (Incor). Espera-se montar um banco de dados de pacientes e tratamentos, tornando possível identificar marcadores moleculares associados à gênese de doenças cardiovasculares.
Dispositivos inteligentes – sensores e equipamentos móveis – também estão sendo estudados. “Por exemplo, o paciente mede seu nível de glicose, a pressão arterial, os batimentos cardíacos e a temperatura e envia os dados para a nuvem, e o médico os acessa e analisa”, explica Luiz Reis, do Sírio-Libanês. O hospital também contratou um novo tipo de cargo semelhante ao que existe nos EUA, o profissional tem como objetivo criar mecanismos que permitam a inovação, analisar a viabilidade das ideias e fazer com que estas sejam implantadas.
Em maio de 2015, a Unicamp e o Biofabris, instituto sediado dentro da universidade, viabilizaram uma pesquisa que permitiu a impressão em 3D de uma placa de titânio. Foi a primeira reconstrução de crânio do país usando essa tecnologia.
O Brasil não possui nenhuma legislação que estimule a adoção de inovações na área da saúde; isso com certeza é uma pena. A notícia boa é que mesmo assim, hospitais e instituições anseiam por tecnologias e estão se comprometendo em trabalhar a favor disso. Mas também sugere que a inovação seja aplicada apenas em centros particulares. O apoio governamental seria crucial para que o Brasil desse grandes passos neste sentido, além de garantir que as áreas públicas de saúde também se beneficiem.
*Artigo baseado na reportagem da revista HSM
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