Balões ‘high-tech’ vão ajudar na segurança da Olimpíada

 

Para receber cerca de meio milhão de turistas nos Jogos Olímpicos deste ano, o Rio de Janeiro deve se preparar muito bem principalmente na questão segurança. Uma das estratégias usadas foi recorrer à tecnologia. E melhor ainda, desenvolvida no Brasil.

A Altave, empresas de São José dos Campos que fica sediada dentro da incubadora do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), será a responsável por fornecer quatro balões de alta tecnologia.

Cada dispositivo contêm 13 câmeras que detectam a presença humana a 13 km de distância, e enviam tudo em tempo real para o Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CNDEN). Os balões operam por até 72 horas e são recarregados em apenas 15 minutos. Os policiais militares e a guarda municipal do Rio de Janeiro já estão sendo treinados para operar com os balões. Os Jogos Olímpicos ocorrem entre 5 a 21 de agosto.

O custo da operação foi um dos fatores principais para a aquisição da tecnologia. Enquanto outros sistemas chegam a R$ 1 mil por hora, a criação da Altave custa cerca de R$ 50.

Os balões também já foram usados em outras funções, como na inspeção de linhas de transmissão de energia da Chesf, no monitoramento de áreas agrícolas, em ações de marketing e até em testes para monitorar a Amazônia.

Me entusiasmo com tecnologias feitas em nosso país, nós temos mentes brilhantes que só precisam de oportunidades para desenvolver criações. A Altave é um belo exemplo que utilizou mentorias e experiências internacionais para depois replicar seu conhecimento no Brasil – além dos fundadores cursarem o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), eles também se especializaram em instituições como a agência espacial americana, a Nasa, e a Universidade Técnica de Berlim, na Alemanha.

Outra questão que não pode passar despercebida é o desenvolvimento de tecnologias que sejam acessíveis. Este é um dos pontos fundamentais para o sucesso de uma empreitada: conseguir produzir com qualidade, eficiência e a custos baixos.

 

*Artigo baseado na reportagem no jornal Valor Econômico

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