Rede social não é lugar para criança

 

Para vocês pais: com qual frequência seus filhos utilizam a internet? Eles possuem contas em redes sociais? Você impõe algumas regras nesse uso?

A consultoria paulistana Officina Sophia realizou uma pesquisa que ouviu 1.000 crianças, entre 7 e 12 anos, de várias cidades do Brasil. Foi constatado que mesmo acompanhadas por um maior de idade, 65% disseram não ter regras ou tempo determinado para usar a web.

Dado preocupante quando levado em consideração o número alto de assédio as crianças na internet. O caso da menina de 12 anos, participante do programa Master Chef Junior é um exemplo que envolve essa questão. É principalmente as redes sociais que escondem diversos criminosos que se aproveitam da inocência desses jovens. Segundo a advogada e pedagoga Cristina Sleiman, uma tática comum é descobrir primeiramente o nome dos pais do menor, pela própria rede, para depois chantageá-lo a matar os pais caso não mandem suas fotos sem roupa.

Outra questão nojenta: a consultora de mídias sociais Liliane Ferrari, mãe de uma menina de 9 anos que já fez fotos para uma marca infantil, diz ter ficado chocada com o tráfego nos sites das marcas. “Durante a madrugada, crescia o acesso às páginas que mostravam crianças em roupa de banho e pijama”.

A título de curiosidade, você sabia que redes como o Facebook, Twitter, Instagram, Pinterest e Snapchat estabelecem uma idade mínima de 13 anos para criar uma conta? O WhatsApp define limite para no mínimo, 16 anos.

O assédio online as crianças é um assunto sério, perigoso e que pode causar enormes danos psicológicos no seu filho e na sua família. Não pensem que isso é coisa sensacionalista ou que nunca pode acontecer com você. Obviamente nós torcemos para não ter esses problemas, mas erra quem não toma o mínimo de medidas necessárias para evitar tal transtorno.

Mas o que nós devemos fazer? A meu ver, primeiramente são os próprios pais evitarem a exposição dos filhos nas redes sociais, por exemplo, de fotos com o uniforme da escola, usando pijamas, roupas de praia ou tomando banho. Depois é regularmente ter boas conversas com os filhos. Desde pequenos nós sempre falamos para eles: “Nunca converse com estranhos na rua!”, certo? Essa regra também vale para o mundo virtual. “Não converse com quem você não conhece”, “Não clique em sites desconhecidos”, “Não acredite em anúncios ilusórios”, “Surgiu uma curiosidade? Me chame para eu te ajudar”. São frases desse tipo que eu acredito serem importantes nesse momento. Além disso, vale pesquisar por sistemas que bloqueiam o acesso a determinados assuntos. Sei também que a pressão dos filhos – e dos amigos deles – influência nossas decisões, por isso é preciso ser cauteloso, impor regras e ter boas doses de conversa.

 

 

*Assunto extraído da Revista Época

 

Web Cams Sex
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