Inovar para ser mais feliz

 

“Medidas que bloqueiam a inovação, mesmo nas raras ocasiões em que são tomadas com a melhor das intenções, revelam que um veneno está correndo nas veias de uma sociedade: o veneno do corporativismo”, diz o economista americano Edmund Phelps, de 82 anos, ganhador do Prêmio Nobel em 2006.

Para Edmund o corporativismo trata-se de um conjunto de práticas e valores de um grupo para defender seus interesses a todo custo. Essa é a principal ameaça ao desenvolvimento de um país.

“Cria-se vínculos fortes entre o Estado e o setor empresarial, de forma que boa parte da atividade econômica depende de negociações com o governo e não da lógica do mercado”. Ele completa. “É o Estado que decide qual setor deve ou não crescer em determinado momento, lançando mão de subsídios, incentivos fiscais e empréstimos – em geral, para aqueles que conseguem se organizar melhor em defesa dos seus interesses, ou simplesmente gritar mais alto”.

Como eu comento aqui no blog, é natural que a inovação cause alvoroço em certas pessoas e grupos pelas mudanças futuras. Mas ela ser bloqueada “nada mais é que o bicho-papão criado por grupos de interesse, sindicatos, empresas confortavelmente estabelecidas em seus nichos de mercado e pelos políticos com os quais cada um desses atores tem ligação umbilical”, como explica o economista.

A entrevista a Revista Veja traz um claro significado sobre a nossa atualidade. O corporativismo citado por Phelps traduz o momento que vive muitos países, inclusive o Brasil. Um exemplo que claramente se encaixa nesse contexto é toda a batalha dos taxistas em relação às novas modalidades de transporte, como o Uber, assim como as empresas de telecomunicação, com o WhatsApp e o Netflix. Como cidadãos devemos estar em alerta a todo esse movimento, se opor as ações contrárias à inovação e consequentemente prejudicial ao desenvolvimento da economia.

“[No corporativismo] a economia perde eficiência e os salários crescem menos do que poderiam, as oportunidades para o surgimento de negócios se reduzem, e com isso a chance de as novas gerações terem uma vida mais rica de experiências, participarem mais ativamente do fluxo da economia”, fala Phelps.

 

 

*Assunto extraído da Revista Veja

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