Quem tem medo do Uber, WhastApp e cia?

 

Os novos modelos de negócios digitais estão assombrando o mercado tradicional, como os de taxistas, hotelaria, telefonia e de TV a cabo. Estamos presenciando apenas o início de uma revolução em que nós mesmos, os consumidores, somos os grandes aliados e provedores dessa explosão digital.

Enquanto a gente adora e usufrui de serviços como o WhatsApp, Uber, Netflix e a Airbnb, as empresas tradicionais se aliam contra esses modelos.

“Acho que o Uber é complexo porque tira o emprego de muitas pessoas”, declarou recentemente a presidente Dilma Rousseff.

“É pirataria no pior sentido, usando nossos números e clientes e sem as nossas obrigações regulatórias, jurídicas e fiscais”, disse o presidente da Vivo Amos Genish.

“Eles não precisam pagar taxas e não têm obrigação de criar conteúdos nacionais”, afirmou Eduardo Levy, presidente do SindiTelebrasil, que representa operadoras e empresas de TV a cabo.

A verdade é que os principais concorrentes dessas companhias tradicionais somos nós, os consumidores. Primeiro porque esses novos serviços não necessitam de tanto investimento, já que são os próprios usuários que espalham em sua comunidade sobre suas novas experiências; depois, porque esses serviços digitais conseguem atingir milhares de pessoas ao mesmo tempo. – Cada lançamento da Netflix pode ser visto pelos seus mais de 60 milhões de usuários no mundo (veja o quadro abaixo). – Outra questão, é que esse novo formato suprime justamente as lacunas da economia tradicional, por exemplo, em serviços como o de transporte ou de telecomunicações.

quem tem medo do uber e cia - gráfico

 

Será difícil para a economia tradicional conseguir vencer essa nova onda digital. Cada vez mais surgem novos modelos de negócios e estes, como os citados hoje, se tornam ainda mais fortes e populares. É natural que o nosso mundo evolua, e isso consequentemente traz mudanças. Em vez de tentarem barrar essa revolução, acredito que é mais vantajoso tanto para as empresas como para os consumidores, que as companhias tradicionais façam parcerias com essas novas digitais, que inovem seus modelos de negócios, criem novos produtos e/ou serviços que busquem atender as novas tendências dos consumidores. Tentar impedir essa fúria digital que não soa tão promissor.

 

*Assunto extraído da Revista Isto É Dinheiro

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