As operadoras de telecomunicações se unem contra as empresas de internet, como o WhatsApp e Netflix e pressionam o governo para propor novas regulamentações. Na semana passada, elas enviaram juntas a ‘Carta de Brasília’.
Cerca de 30 executivos do Brasil, entre os presidentes das maiores operadoras do país – Vivo, Tim, Oi, do grupo América Móvil e da Algar -, os prestadores de serviços e fornecedores de equipamentos mandaram a Carta de Brasília com reivindicações para os governos federal e estaduais, do tipo “faça sua parte e aperfeiçoe o ambiente institucional [de telecomunicações] de modo a torná-lo mais justo, isonômico, com segurança jurídica previsível, como menor interferência do Estado, que estimule investimentos em infraestrutura de redes de telecomunicações que garanta a livre, ampla e justa competição”.
No mercado de telecomunicações cada cliente é tão disputado entre as empresas que nele atuam que é até estranho presenciar agora essa união. Na verdade, acho que nunca antes na história as teles do país se uniram tanto – sinal que realmente a coisa ficou feia, melhor dizendo, elas estão se sentindo altamente ameaçadas com a ascensão das empresas de internet.
Não vejo problema algum que o modelo de telecomunicações seja revisto, afinal, quando as leis e regras foram criadas anos atrás o nosso cenário era bem diferente. Mas desde que os consumidores não sejam prejudicados, isso também inclui não cobrar taxas ainda maiores ou limitar e impedir o crescimento dos serviços das empresas de internet.
*Assunto extraído do Jornal Valor Econômico
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