A ciência da multidão

A relação das pessoas com as marcas mudou de forma significante, isso principalmente depois que os nossos olhos se fixaram no mundo virtual. O americano Brad Smallwood, o cara do Facebook que tem a missão de aproximar as marcas das pessoas, fala sobre essa questão.

“Ser relevante hoje está muito mais difícil. E são as marcas que precisam pensar como se tornar relevantes para os consumidores. Elas precisam criar histórias interessantes. Isso é novo para elas”, diz Brad.

Tornar os consumidores fiéis às marcas sempre foi uma tarefa difícil, mas hoje, com tanta informação o tempo todo e vinda de diferentes meios, essa tarefa está muito mais ‘suada’. “Os anunciantes não conseguem mais impor sua mensagem. Agora precisam seduzir rapidamente e, se conseguirem, aprofundar a relação. O importante é que a marca tenha passado alguma mensagem, mesmo em poucos segundos”, ele afirma. Brad explica que quando um consumidor vê uma publicidade mesmo sem criar uma grande relação, já é muito valioso para a marca, pois ela se faz presente no inconsciente daquelas pessoas.

Nós não queremos perder mais tempo assistindo ou lendo algo demorado, por isso as marcar precisam ser rápidas. “Se as marcas precisam escolher entre fazer um vídeo de 1 minuto e outro de apenas 5 segundos, elas devem escolher sempre a segunda opção”.

Vamos comparar as experiências? É só relembrar: antes a gente acordava e lia o jornal da manhã, no trajeto para o trabalho escutava rádio, no período da noite assistia televisão e nas horas vagas, como nos finais de semana, lia revistas. Atualmente: ao acordar, antes mesmo de levantar da cama, averiguamos o Whatsaap e/ou o Instagram, lemos notícias a todo e qualquer momento através do tablet ou smartphone – seja nas próprias revistas ou jornais em sua versão mobile -, no carro acessamos serviços de streaming – Spotify, Rdio, Deezer… -, em casa dividimos nossa atenção da televisão com o acesso as redes sociais como o Flipargram, Facebook, Twitter, entre outros.

Me esqueci de alguma coisa? Vejam que missão complicada das marcas de reter a nossa atenção. Muitas vezes nem percebemos essas tantas informações e possibilidades da atualidade. A verdade, é que não está fácil para ninguém entender, conquistar e muito menos fidelizar, os consumidores.

*Assunto extraído da Revista Exame