“Sem indústria, país perde próxima geração de inovação”

Em uma entrevista não muito animadora, Deborah Wince-Smith, presidente do Conselho de Competividade dos Estados Unidos, fala sobre questões que atrapalham o desenvolvimento do Brasil e as consequências diante do baixo crescimento do nosso país.

Sobre os trabalhos entre os Estados Unidos e o Brasil, Wince-Smith fala: “Há 15 anos, houve muitos problemas com tarifas altas para importação e regras difíceis. Algo que, aliás, ainda acontece e deve ser discutido, porque o Brasil está perdendo grandes oportunidades de investimento por causa de questões regulatórias”.

Em relação ao interesse dos americanos pelo país: “Executivos e potenciais investidores estão desapontados. Esperavam por medidas que não foram tomadas. […] O fato de haver um ambiente hostil ao investimento é um problema. Há sempre o ‘custo Brasil’”.

Deborah também cita da importância de não se perder a capacidade industrial, para que assim não se destrua a próxima geração de inovação. Para ela o ‘produzir’ está se tornando totalmente diferente, e é por isso que a indústria tem de ser olhada em toda cadeia: pesquisa, fornecedores e produção.

O momento é de crise para nós brasileiros, e infelizmente isso também nos afeta em relação aos outros países. Burocracia, questões de regulamentação e a falta de apoio à inovação: é indiscutível que esses são itens que atrasam o nosso desenvolvimento. O que fazer diante disso tudo? Para Deborah as empresas brasileiras precisam parar de tentar fazer as coisas sozinhas, e sim trabalharem juntas. Ela ainda dá outra dica: “Participem da MEI [Mobilização Empresarial pela Inovação, que reúne líderes de cem grandes empresas brasileiras para debater iniciativas de apoio à inovação]”.

Gosto muito dessa citação: “A realidade é que eles não são prejudicados pelo aplicativo, mas pelo Estado que sistematicamente dificulta o empreendimento, desestimula a inovação e cria empecilhos à atividade econômica.”

 

 

 

 

*Assunto extraído do Jornal Folha de São Paulo

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