Comentário da matéria “Neutralidade da rede é desafio na batalha pelo acesso digital”
Jornal Valor Econômico
Um dos tópicos discutidos no Marco Civil que foi aprovado pela Câmara nesta terça-feira, 22, é sobre a neutralidade da rede. Tópico este que ainda está em pleno debate e com um verdadeiro divisor de opiniões.
A neutralidade da rede proíbe que as empresas de telecomunicações vendam pacotes de internet para empresas, sites, blogs e etc. Isso significa que todos os conteúdos da web percorreram o mesmo caminho e com a mesma velocidade até chegar aos usuários. As teles, portanto, não poderão dar prioridade ao tráfego de alguns clientes.
É a partir daí que as opiniões se dividem. De um lado, as operadoras argumentam que o tráfego de dados têm se multiplicado rapidamente nos últimos anos por causa de serviços como transmissão de vídeo e músicas – Netflix e Youtube, por exemplo –, que exigem uma capacidade muito maior da infraestrutura disponível. As teles justificam que além delas precisarem investir bilhões para expandir continuamente a infraestrutura desses serviços, as companhias que fazem uso intensivo dessa rede não contribuem com absolutamente nada.
Por outro lado, o fim da neutralidade da rede prejudicaria os clientes de empresas menores, relegadas para segundo plano na entrega de seus serviços, e poderia colocar em risco a própria sobrevivência dessas companhias.
Como eu já expliquei aqui em outro artigo, sou a favor da neutralidade na rede. Creio que o fim dessa proposta deixaria a internet desigual, dando privilégios a grandes empresas que já dominam grande parte do mundo online. A neutralidade favorece a todos os usuários, e da à oportunidade de cada um usá-la de acordo com as suas necessidades e o principal, livre de interesses.
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