Domínio da internet pelo Vale do Silício está sob ameaça

Comentário da matéria “Domínio da internet pelo Vale do Silício está sob ameaça”

 Jornal Valor Econômico

Não era para ninguém saber. Mas de um jeito ainda meio nebuloso veio à tona o PRISM – um programa de vigilância eletrônica altamente secreto mantido pela agência de segurança nacional (NSA) dos Estados Unidos.

O programa tem como objetivo o monitoramento e a avaliação de mídias eletrônicas, de maneira a possibilitar não apenas a recuperação de informações armazenadas sobre um alvo em específico, mas também a vigilância de comunicações em tempo real.

Isto significa que o FBI tem acesso direto aos servidores de nove gigantes tecnológicos como a Microsoft, Google, Apple, YouTube ou Facebook. O programa permite a escolha de qualquer cliente das empresas participantes, independentemente de estes serem cidadãos norte-americanos e de estarem ou não nos Estados Unidos.

Todo mundo sabe ou ao menos deduz que se trata de mais uma programa contra o terrorismo e em defesa da soberania norte-americana. Apesar destes fins, os métodos estão sendo questionados: em primeira posição, há o julgamento sobre a invasão de privacidade? E em segundo lugar, posicionamento foco do Jornal Valor Econômico, até que ponto as corporações realmente tem domínio sobre a internet?

Mais do que responder esta pergunta, a matéria sucinta a insatisfação das companhias e o receio de que outras nações adotem a mesma postura de vigilância do governo dos Estados Unidos. Até que ponto esta polêmica pode nos afetar?