Os operários da música livre

Comentário da matéria “Os operários da música livre”

Revista Galileu

 

Que tal ouvir o que os artistas independentes falam sobre as novas formas de ouvir músicas? Foi esta a idéia da Revista Galileu que conversou com os principais cantores que articulam suas carreiras diante do que a internet e outras ferramentas digitais podem lhes oferecer. Depoimentos de quem tem experiência de causa sobre a realidade do universo musical de hoje e o que eles acham que vêm por aí.

Um dos destaques da reportagem está em Tulipa Ruiz, que lançou há pouco seu segundo disco, Tudo Tanto, e encontrou interesse considerável desde seu primeiro álbum, Efêmera, ambos lançados de forma independente e gravado em parcerias; o primeiro com a gravadora-estúdio YB e o segundo através de edital da Natura.

O grande diferencial da cantora está em ser a responsável direta pela venda de seus CDs. 20 mil unidades foram vendidas pelo e-mail discodatulipa@gmail.com. “Antes dependíamos de distribuidoras e o artista ganhava menos, mas vendia mais. Pensei: “não tenho nada a perder, já estou perdendo com essa relação, vou dar um jeito de distribuir sozinha”, explica Tulipa.

Já o artista Curumim, divaga: “Todo o esquema da música mudou. A gravadora já não tem mais exclusividade. Já não é MP3. É o streaming, são outros veículos. Tem que ter vídeo, ter imagem e ainda vai ficar mudando por um bom tempo”.

Neste sentido, há o questionamento: que artista independente é este? Os próprios cantores relacionam que hoje existe uma diversidade maior de canais de relacionamento e de distribuição da música, o que facilita a entrada de novos artistas nos circuitos nacionais, mas também seleciona quais cantores se mantém em uma nova esfera musical. Uma nova lógica de dependência está em vigor.

Em 1999 vendiam-se 87 milhões de CDs no Brasil, nas últimas medições da Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD), em 2010 e 2011, chegamos a 18 milhões por ano. As receitas digitais em 2011 chegaram a 16% no mercado no país, enquanto CDs encolhiam para representar 53%. Um negócio rentável para quem se adaptou às mudanças.

Uma evolução musical acontece desde os anos 80, em formatos e equipamentos. A revolução não pára, portanto é preciso ter flexibilidade. Enquanto isto, artistas encontram oportunidades nos modelos de streaming – uma plataforma de ouvir música on-line considerada legal.  Com a democratização da banda-larga e a tecnologia móvel cada vez mais presente na vida das pessoas, artistas e fãs se encontram na rede, assim como é no Soongz – uma solução goiana para quem já se adaptou ao novo jeito de escutar música.

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