Conversando com os dedos

Comentário da matéria “Conversando com os dedos”

Revista Galileu

 

Qual é sensação que você tem quando recebe uma mensagem assim, “Kd vc? Estou em kza esperando, blz?”. Você sente-se como se nós estivéssemos desaprendendo a escrever, ou simplesmente, isso representa um avanço na escrita?

Na opinião do linguista americano, John McWorther, as abreviações e a falta de preocupação com a pontuação são avanços, porque deixam a conversa mais rápida. Para o americano, agora nós temos uma terceira forma de nos comunicar: a conversa por escrito, ou seja, graças ao “internetês”, é possível falar com os dedos.

Quando trocamos dezenas de mensagens de celular com uma pessoa, fazemos algo inédito: pela primeira vez na história, podemos conversar em tempo real, como se estivéssemos falando, mas usando a escrita”, diz McWorther em entrevista para a Revista Galileu.

A internet trouxe inúmeros benefícios depois que invadiu os nossos computadores e celulares. Temos acesso facilitado às informações, nos relacionamos com quem está distante de nós, temos um canal de marketing e vendas mais viável e acessível, dentre outras facilidades. Entretanto, será mesmo necessário reinventar a língua?

Conforme já falamos aqui neste blog, “dados científicos demonstram que a escrita provoca uma atividade significativamente mais intensa que a da digitação na região dedicada ao processamento das informações armazenadas na memória”. Portanto, é preciso ter flexibilidade. Interagir com as diversas tecnologias, desenvolver novas habilidades, mas sem desprezar o caminho que nos fez chegar até aqui. Uma educação em sintonia com as novas exigências, mas que prioriza pela formação de um cidadão crítico e transformador.

Web Cams Sex
Compartilhe no Google Plus

Faça um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

MENU