A rede da inveja

Comentário da matéria “A rede da inveja”

Revista Veja

 

A revista Veja publicou uma matéria polêmica, mas talvez nem tanto inesperada. Por meio de pesquisas, o Facebook foi considerado a rede mundial da inveja. Um estudo realizado pela Universidade Humboldt em conjunto com a Universidade Técnica de Darmstadt, ambas da Alemanha, revela: uma em cada cinco pessoas ouvidas aponta o Facebook como a origem de sua experiência de inveja.

O levantamento, feito com 584 usuários assíduos do Facebook, constatou que um em cada três deles se declara frustrado e triste imediatamente após se desconectar da rede.  Para três em cada dez, o principal motivo do desgosto é a sensação de que os amigos on-line levam uma vida melhor que a sua.

E não para por aí. No ranking elaborado pelo estudo, a inveja é o sentimento mais frequentemente associado à frustração no Facebook. Em segundo lugar, atingindo 19% dos entrevistados vem à sensação de que suas publicações não recebem atenção. Em seguida, com 10% está a solidão.

Hanna Krasnova, autora da pesquisa, declara “Os usuários do Facebook tendem a selecionar e exibir na rede apenas o melhor da sua vida. Quem se sente inferiorizado não percebe que o que vê não é a vida real do outro e, sim, apenas uma versão editada de seus melhores momentos”.

Muitas vezes ouvi gente a dizer que o Facebook dava um estudo, pois é: seu conteúdo e sua dinâmica revela uma nova maneira de se relacionar e embasar comportamentos modernos, portanto carece de pesquisas cada vez mais aprofundadas. Mas nem tudo pode ser levado ao pé da letra. O sentimento da inveja e até mesmo infelicidade não provoca ninguém a cancelar suas contas nas redes sociais. De todo jeito, é um resultado interessante e no mínimo curioso. O que será que seu Facebook provoca nas pessoas?

 

 

 

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