Brasil melhora participação em ranking global de inovação

Comentário da matéria “Brasil melhora participação em ranking global de inovação”

Jornal Valor Econômico

Inovação pode até ser considerado um bem intangível para algumas empresas. Entretanto, o mercado determina que se valorizem as iniciativas empreendedoras que tenham foco na inovação. Não é a toa que a consultoria americana, Booz e Company, realiza e publica anualmente o ranking mundial de investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D).

Em sua última edição, o saldo do Brasil cresceu. O país somou US$ 3,7 bilhões, um incremento de US$ 1,6 bilhão na comparação com o estudo de 2010. Isto fez com que o país quase dobrasse sua participação nos gastos globais com P&D.

Os expressivos números estão ligados a inserção de empresas brasileiras entre as mil maiores companhias de capitais abertos do mundo que investem em Pesquisa e Desenvolvimento. À lista que tinha Petrobras, Vale, CPFL Energia, Totvs e Embraer – foram adicionadas Gerdau e Companhia Paranaense de Energia (Copel).

O avanço merece ser comemorado e as empresas devem ser prestigiadas. Porém, temos que ser realistas do quanto aquém nós estamos em relação às outras nações emergentes. Por exemplo, a China tem mais de 40 empresas na lista das mais inovadoras. O país que já foi reconhecido por suas cópias, agora é uma das nações que mais se investe em pesquisa e desenvolvimento do mundo.

Pesquisa e desenvolvimento devem ser conceitos próximos do empreendedor brasileiro, seja ele dono de pequenas, médios e grandes companhias. Ele como líder deve se entusiasmar e contagiar sua equipe. A iniciativa privada é pujante no seu compromisso com novas ideias, que transformem o jeito de fazer negócios, mas principalmente mudem a vida das pessoas para melhor.

Juntos – empresários, iniciativas públicas, universidades, entidades de classe – podem fazer mais para que o Brasil não só suba no ranking mundial de investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), mas traga resultados reais à nossa economia e por consequência permita melhoria no índice de qualidade de vida brasileira.