A Internet vive sem pirataria

Comentário da matéria “A Internet vive sem pirataria”

Revista Info Exame

            A Revista Info Exame publicou uma matéria densa e completa sobre até que ponto o exercício do compartilhar na internet não se transforma em pirataria. Por meio de pesquisas científicas e casos reais do mundo digital, o periódico analisa o comportamento do internauta, que defende o “distribuir” da informação em oposição à indústria do entretenimento, que argumenta sobre o direito autoral dos conteúdos.

            Na reportagem “A Internet vive sem pirataria” é apresentado um estudo feito por pesquisadores das Universidades de Minnesota e Wellesley, nos Estados Unidos, que mostrou que o compartilhamento de arquivos não provocou queda na arrecadação das bilheterias entre 2003 e 2006. Em outra pesquisa, realizada pela PriceWaterhouseCoopers e do instituto iDate, o cenário também foi de crescimento expressivo da indústria do entretenimento, que cresceu cerca de 66% entre 1998 e 2010.

            Estes números revelam que no período em que a internet mais se popularizou e com ela o ato de compartilhar, a indústria do entretenimento não deixou de lucrar. A conclusão indica que os possíveis efeitos negativos da pirataria aparentemente não impediram as empresas de continuar ganhando muito dinheiro. “Isso significa que as pessoas estão consumindo 15% mais conteúdo que no início da última década. Neste mesmo período, a internet explodiu, alcançando um crescimento de 336%”.

            Estes indicativos reforçam a posturas de alguns poucos governos, que consideraram a prática do download uma atividade legal, desde que seja para uso pessoal, como é o caso da Suíça. A decisão partiu após os resultados de pesquisas que averiguaram o comportamento dos internautas: quem “pirateia” arquivos da internet também gasta para comprar produtos na rede. Exemplificando: quem baixa músicas na internet, tem mais chances de ir aos shows dos artistas. Quem faz downloads de filmes, acaba escolhendo alguns para ir ao cinema.

            Tais argumentos reforçam o forte posicionamento dos internautas e dos gigantes da web como Google, Apple, Facebook e Microsoft, que são contra os projetos de leis que limitam o processo de compartilhamento na internet. Artistas como Paulo Coelho e os membros da banda Kiss inovaram ao colocar livros e álbuns musicais, respectivamente, para serem baixados em seus portais. A intenção é estimular o download legal, numa espécie de “pirataria do bem”.

            A realidade nos mostra que o modelo de consumo mudou, portanto a indústria do entretenimento deve se adaptar e acompanhar a evolução de seu nicho. Oportunidades aparecem com a convergência digital, por isto é preciso olhar para frente.  A experiência nos mostra que a pirataria é resultado da insatisfação do usuário com uma versão original que não o agrada ou é considerada cara.  Existem inúmeras histórias de sucessos de sites que oferecem conteúdo legal por preços atraentes e assim conquistam um grande número de usuários.

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