Encyclopaedia Britannica abandona o papel

Comentário da matéria “Encyclopaedia Britannica abandona o papel”

Jornal Valor Econômico, 14/03/2012

            Há pouco tempo, quem tinha uma coleção de enciclopédias em casa, resguardava uma grande parte do conhecimento do mundo. Existia certo conforto e certeza ao ter os livros pesados e atualizados de dois em dois anos, como se a enciclopédia garantisse a educação dos filhos e o status de uma família considerada culta.

            Você deve estar pensando, como as coisas mudaram, não é mesmo?  Com a popularização da internet, se torna impossível pensar em um conhecimento imutável por dois anos! E até mesmo a elaboração de conteúdo de maneira tão unidirecional.

            As pessoas passaram a compartilhar mais informações, se acostumaram com a instantaneidade e criaram intimidade com a máquina. Com tantos hábitos novos, o uso e a compra das enciclopédias caíram bruscamente. E hoje, sem o mínimo de surpresa, nos deparamos com a informação do jornal Valor Econômico: “depois de 244 anos, a Encyclopedia Britannica vai parar de publicar sua versão impresa, de 32 volumes”.

            Jorge Cauz, presidente da companhia, esclarece que abandonar a publicação dos volumes impressos era um passo necessário e previsto. Agora, a Encyclopedia Britannica assume que é hora de apostar na web. O acesso on-line estará disponível em breve e parte do conteúdo será gratuito. Além disso, há o investimento nos softwares educacionais.

            Toda esta história nos faz refletir sobre o debate: será o livro uma peça de museu? O estudioso e especialista em tecnologia, Silvio Meira, é um entusiasta desta ideia. Apesar de não arriscar previsões, para ele “a literatura está sendo digitalizada na velocidade da rede”. Sua aposta está principalmente nas escolas, “o livro digital é muito [mas muito mesmo] mais barato, quem sabe a gente não economiza uma boa parte do que se gasta com papel exatamente para manter as escolas”.

             O importante é nunca deixar de lado o hábito da leitura e incentivar esta prática no cotidiano das crianças e jovens. A nova geração tem facilidade e domínio quanto às novas tecnologias e podem ser os principais consumidores e emissores de informação nas plataformas não convencionais. O mundo muda e as inovações transformam, precisamos ser flexíveis quanto a isto.

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