Comentário da matéria “Sites miram o futuro da música”
Jornal Valor Econômico, 28/02/2012
Para quem tem mais de 30 anos, é fácil olhar para trás e perceber a evolução na forma de ouvir música. Vinis, fita cassete, dvd’s e mp3, ou, em outro aspecto, teatros, bailes, rádio, danceterias e sons no carro. Com certeza, o mercado musical foi mutante em pouco mais de uma geração. Talvez, nunca uma área foi tão impactada com o avanço da tecnologia.
Hoje, no ano de 2012, vivenciamos uma nova revolução musical. Ouvir canções na internet, sem precisar fazer o download, é um grande divisor de águas na história da música, permitindo o compartilhamento e a colaboração de uma maneira nunca vista.
Ouvir música é um hábito coletivo inerente a sociedade, em toda a sua história. Se nos dias atuais, estar no computador conectado à internet é uma premissa para grande parte da população, a música, então, passou a ser on-line. É um caminho sem volta.
Entretanto é preciso frisar até que grau vai à legalidade nesta prática. O ato de baixar a música pode ser duvidoso, pois não há a certeza da origem. Por isto, algumas gravadoras suscitaram o debate sobre o direito autoral. O Jornal Valor Econômico nos mostra o caso do Grooveshark, concorrente do Sound Cloud, que foi bloqueado na Alemanha por ter ferido direitos autorais. Caso semelhante foi a ação judicial que tirou o Megaupload do ar.
A lei está cada vez mais rígida e irá acompanhar de perto a responsabilidade de cada site sobre o conteúdo postado. Entretanto, nenhuma medida judicial irá frear o rumo que a internet direcionou as práticas sociais. A playlist de um internauta é mais do que um gosto pessoal, é sua maneira de se representar no coletivo e socializar. O compartilhamento, a partir da música na web, reflete como a inclusão digital despertou e potencializou o espírito coletivo e de cidadania em cada um.
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