Empresas querem fim do uso de e-mail

Comentário da matéria “Empresas querem fim do uso de e-mail”

Folha de São Paulo, 27/12/2011

Já foi o tempo que a novidade tecnológica dentro das empresas era o e-mail. O meio de correspondência digital enfrenta dificuldades para se manter como solução para a comunicação organizacional. Há estudos que questionam a eficiência do e-mail e sugerem que seu fim não demorará.

Segundo a revista acadêmica de gestão “Organization Science”, o e-mail se tornou símbolo de estresse para os funcionários. Para a estudiosa Monica Seely, autora do livro “Brilliant Email”, as companhias enfrentam sobrecarga de e-mails – as pessoas recebem mais de cem e-mails por dia e sentem pressionadas a respondê-las.

O argumento é que, a cada dia, o e-mail torna-se uma ferramenta mais ineficaz, por causar estresse e ansiedade aos funcionários. Como contraproposta, surgem outros recursos, podendo ser tecnológicos ou não. O Jornal Folha de São Paulo nos apresenta algumas iniciativas que buscam substituir os e-mails.

O Genome é um sistema criado para monitorar tarefas em um fluxograma e, assim, sistematizar e agilizar o contato interno em uma organização.  Outra solução está em optar pelas redes sociais para substituir certas funções do e-mail. Algumas empresas, como a Intel criou “as sextas-feiras sem o e-mail”, encorajando o uso do telefone ou mesmo as conversas presenciais.

Neste contexto, é importante a discussão de qual nosso comportamento perante as tecnologias existentes? Sempre haverá muita informação a nosso dispor, seja em nossos e-mails ou redes sociais. Precisamos ter disciplina, método e ferramentas profissionais para geri-los.

O fim do e-mail é provável, entretanto este é um processo em conta-gotas. Gradativamente, as pessoas encontrarão outras ferramentas que cumpram o papel de comunicação. Assuntos mais sérios e formais, que precisam ser documentados continuam com o correio digital. No caminho, estão as redes sociais como forte tendência.