Gengis Khan da Dilma

Comentário da matéria “Gengis Khan da Dilma”

Revista Exame

Em sua última edição, a Revista Exame abordou na matéria “Gengis Khan da Dilma”, o interesse da Foxconn em investir na criação de um grande complexo de tecnologia da informação no Brasil. A empresa chinesa, dona de cerca 50% do mercado de equipamentos e componentes eletrônicos, mantém posicionamento de investir a quantia de 12 bilhões de dólares em nosso país, enquanto isto, o governo também faz sua parte. No final de maio, uma Medida Provisória incluiu os tablets na lei de informática, o que significou a queda de vários impostos federais. Portanto, o que parece mais concreto é que a Foxconn, em breve, produzirá os primeiros iPads brasileiros.

A empresa chinesa buscará no Brasil facilidades por meio do governo brasileiro, que vão desde incentivos fiscais até terminais aéreos exclusivos. A presidente Dilma Roussef e seus assessores de primeiro escalão, o que inclui o Ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, dão a entender que cederão às solicitações da Foxconn, em nome dos benefícios diretos e indiretos.

De imediato, serão abertas centenas de vagas de empregos e haverá redução nos valores dos aparelhos “Made in Brazil”. Além do que há transferência de tecnologia entre as duas nações, podendo até existir centros de treinamento para a mão de obra . Através da nossa legislação trabalhista, os brasileiros podem ficar tranqüilos e seguros quanto a questão de contratação.

Mas o apelo do governo federal não é este: ”a criação de um grande pólo produtor – e quem sabe, exportador – de TI seria uma tentativa de quebrar a lógica da relação entre Brasil e China. Nosso crescimento tem sido fortemente calcado na venda de commodities”.

Em um primeiro momento, a Foxconn já declarou seu interesse no poder de consumo dos brasileiros, que são ligados à tecnologia e ambicioso pelas novidades hi-tech. Então, pode ser que não sobre muita coisa para exportação.

O Brasil faz bem em abrir suas portas para uma empresa de tecnologia de ponta, serão mais empregos e mais tecnologia próxima de todos nós. Entretanto, se faz necessário que, paralelamente, o governo invista nos empreendedores internos, estimulando o potencial local em oferecer produtos inovadores. De forma sistêmica, balanceando os investimentos em empreendimentos de grande, médio e pequeno porte, é possível que o Brasil evolua e deixe de ser produtor e exportador de commodities.

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