Prevenção aliada à tecnologia – cultura japonesa fez a diferença

A liderança do Japão, quando o assunto é tecnologia, é reconhecida por todo o mundo. Seu pioneirismo no que consta às atividades tecnológicas, bem como sua metodologia sistêmica e de treinamento, fez com que o país garantisse o título de nação eficiente, moderna e inovadora.

Neste sentido, a construção civil, o modelo de transporte e as formas de comunicação são as mais tecnológicas e avançadas do mundo. Esta infraestrutura, devidamente resistente, somada ao treinamento da população fez o Japão se preparar para o forte abalo sísmico ocorrido no dia 11 de março de 2011.

Diante das experiências de quem se encontra em uma zona territorial instável, a construção do Japão foi pensada para resistir aos tremores e abalos. As pontes têm alicerces auxiliares e colunas reforçadas, os arranhacéus tem amortecedores fixados a uma estrutura interna de aço, os prédios médios e pequenos têm paredes de concretos aspergidos, almofadas de aço e borracha isolam o prédio da fundação e amortecedores absorvem choques e atenuam oscilações; os túneis de metrôs tem juntas flexíveis para não desmoronar; as casas de madeira tem alicerces chumbados e as de alvenaria tem paredes reforçadas, os móveis são fixados nas paredes das residências.

Toda esta tecnologia fez com que um dos mais drásticos desastres naturais tivesse seus impactos minimizados. O forte terremoto, que chegou a 8,9 graus na escala Richter, um dos cinco mais fortes do mundo, destruiu muito e impactou na estrutura e na vida dos japoneses. Entretanto, estima-se que caso não fosse os avanços da tecnologia, muito mais seriam os estragos e o número de mortos. Além disso, os serviços de alertas com megafones nas cidades e transmissões televisivas instantâneas funcionaram perfeitamente, mantendo a comunicação eficiente com a população japonesa.

A construção estrategicamente pensada aliou-se aos treinamentos e as simulações intensivas, passos ensaiados que fez com que a população encarasse o momento de crise com mais tranquilidade, seriedade e algo passageiro.

Podemos perceber claramente a influência positiva da estrutura tecnologicamente desenvolvida do Japão ao compararmos com o também recente desastre no Haiti, de 7 graus, que destruiu a capital Porto Príncipe e matou mais de 200 mil pessoas. A precariedade do sistema de alerta e a estrutura frágil fez com que a tragédia fosse imensuravelmente maior do que no Japão.

O Brasil deve se mirar em exemplos positivos como o Japão e integrar a tecnologia como forma de prevenir crises e proteger a vida das pessoas e seus patrimônios. Nosso país é privilegiado em sua localização geológica, entretanto, há muito que melhorar, principalmente quando há desastres oriundos de fortes chuvas, ventos e outros.

Positivamente, o governo federal colocou como um de seus grandes desafios estabelecer um sistema articulado e integrado de prevenção de desastres naturais, no qual a previsão de fortes precipitações esteja articulada ao mapeamento geofísico das áreas de risco e à mobilização preventiva da Defesa Civil.

Estou torcendo para que os investimentos ocorram de forma rápida e que a tecnologia esteja a favor da vida, priorizando pela prevenção de catástrofes e não pela remediação.

Crédito da imagem (infográfico): Vinícius Kran

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